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Moraes faz provocação a Trump ao prender seu pai, diz Eduardo Bolsonaro

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Moraes faz provocação a Trump ao prender seu pai, diz Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado nos Estados Unidos, afirmou neste sábado (22/11) que a decisão de Alexandre de Moraes de decretar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) representa uma “provocação” direta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao secretário de Estado republicano Marco Rubio, no que seria uma intenção do magistrado de “dobrar a aposta”. A declaração foi dada em entrevista ao Metrópoles, horas após o STF determinar a prisão do ex-presidente por risco de fuga e suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Veja a íntegra:

Na avaliação de Eduardo, a decisão de Moraes deveria ser “respondida” ao incluir outras autoridades no escopo das sanções da Lei Magnistky, a qual já atinge o magistrado desde julho deste ano após atuação de Eduardo junto a autoridades norte-americanas.

Para o filho do meio de Bolsonaro, a decisão de Moraes teria sido influenciada por uma narrativa, alimentada no Brasil, de que Trump estaria se aproximando do governo Lula, algo que, segundo ele, teria deixado Moraes “mais confortável” para agir.

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“Eu acredito que foi um erro do Moraes, tá? A gente vai ver aí o que pode haver de resposta dos Estado Unidos. Porque o Moraes é carta fora do baralho. Ninguém aceita qualquer tipo de negociação com o Moraes porque ele já sabe que é uma pessoa que não tem palavra”, afirmou o deputado.

Eduardo completa dizendo que o magistrado “não é sujeito homem suficiente para falar uma coisa e conseguir cumpri-la”. “Então, o Moraes já está precificado como esse violador de direitos humanos. Agora, os demais membros do STF, o PGR, que está realizando tudo o que o Moraes está fazendo, esses aí certamente devem ficar preocupados com a extensão da Lei Magnitsky contra eles”, concluiu.

Sem mencionar suas fontes, Eduardo também citou que tem ouvido “nos bastidores” que Moraes acreditou que, ao aumentar a pressão contra Bolsonaro, isso poderia influenciar em uma negociação favorável a ele com o governo dos EUA.

Para Eduardo, contudo, essa estratégia, que não é comprovada, não é válida.

“O mais provável é que os Estados Unidos dê sequência à Lei Magnitsky em todos aqueles fiquem sendo auxiliares ou prestando qualquer tipo de apoio ao Alexandre Moraes. Porque é justamente isso aí que fala a Lei Magnitsky: que todos aqueles que prestam alguma, mesmo que é solidariedade ou participam de eventos juntos com o sancionado, que essas pessoas possam incorrer nas mesmas sanções do Alexandre Moraes. Isso não é chamada de sanções secundárias”, disse.

Prisão preventiva de Bolsonaro

A fala de Eduardo Bolsonaro ocorre horas depois de o STF determinar a prisão preventiva do ex-presidente sob argumento de risco de fuga, após violação registrada pela tornozeleira eletrônica e diante da convocação de uma vigília feita por Flávio Bolsonaro para a noite deste sábado (22/11).

A decisão de Moraes aponta que a tornozeleira registrou violação às 0h08 e que a aglomeração convocada poderia ser usada para facilitar uma fuga, inclusive para a Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 15 minutos da residência do ex-presidente.

A prisão preventiva não foi decretada na ação penal que condenou Bolsonaro por tentativa de golpe, mas sim no inquérito que investiga obstrução de Justiça e coação no curso do processo – no qual também é investigado o deputado Eduardo Bolsonaro, que deixou o país e está nos EUA.

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