O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que os policiais militares do Distrito Federal tiveram “interações positivas e amigáveis” com os participantes dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. A afirmação consta no voto do ministro no julgamento da cúpula da PMDF por suposta omissão no 8/1, iniciado nesta sexta-feira (28/11).
“A PMDF continuou permitindo o acesso de manifestantes ao Congresso Nacional através da Chapelaria que ao perceber a postura passiva das forças policiais avançaram ao salão verde com aceitação da PMDF sinalizando no sentido que os presentes prosseguissem com a invasão. As imagens demonstram ainda que foram realizadas interações positivas e amigáveis entre os policiais e os manifestantes, que se ajoelhavam e agradeciam”, escreveu Moraes.



Coronel Fábio Augusto Vieira
Reprodução / PMDF
Coronel Klepter Rosa Gonçalves
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra
Reprodução/CLDF
Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues
Reprodução/TV CLDF
Major Flávio Silvestre de Alencar
Hugo Barreto/Metrópoles
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O processo tramita na Primeira Turma do STF e o julgamento ocorre por meio de sessão virtual. Às 11h da manhã desta sexta-feira (28/11), o ministro relator do processo, Alexandre de Moraes, já havia anexado o voto, a favor de condenar cinco PMs e absolver outros dois.
São réus nesse processo: os coronéis Fábio Augusto Vieira, então comandante-geral da PMDF; Klepter Rosa Gonçalves, então subcomandante-geral da PMDF; Jorge Eduardo Barreto Naime, ex-chefe do Departamento de Operações; Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra; Marcelo Casimiro Vasconcelos; além do major Flávio Silvestre de Alencar e do tenente Rafael Pereira Martins.
Moraes votou para absolver Flávio Silvestre e Rafael Pereira. Em relação aos outros réus, o ministro defendeu a condenação e o pagamento de R$ 30 milhões de forma solidária por danos morais coletivos, além da perda dos cargos públicos.
Como funciona o julgamento virtual
Quando o plenário virtual é aberto, o relator do processo — nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes — insere o voto no sistema. Em seguida, o plenário fica aberto para que os outros ministros possam votar com ou contra o relator. Por isso, o resultado pode sair no mesmo dia de abertura do julgamento ou dias depois.




