O Ministério Público Federal (MPF) pediu para que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e a União prestem informações sobre eventual utilização de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) na megaoperação deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro.
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O pedido visa esclarecer se houve uso de recursos federais na operação que mirava o Comando Vermelho (CV). A ação tornou-se a mais letal da história do país, com 121 mortos, sendo quatro policiais.
De acordo com o MPF, a megaoperação resultou em graves denúncias de violação de direitos humanos.
Helicóptero registra explosões e barricadas na megaoperação; assista
Reprodução/Instagram
Quatro policiais perderam a vida durante megaoperação no Rio
Fabiano Rocha / Agência O Globo
Megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha
Fabiano Rocha / Agência O Globo
Criminosos foram flagrados com fuzis e “roupas de guerra” antes de megaoperação
Reprodução
Criminosos flagrados com fuzis e “roupas de guerra” antes de megaoperação
Reprodução
Rio: total de mortes em megaoperação supera massacre do Carandiru
Reprodução/Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Corpos enfileirados na Praça São Lucas
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Alguns corpos estavam equipados com fardas camufladas
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Megaoperaçao no Rio deixou mais de 120 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Os corpos foram colocados em uma Praça
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
A solicitação foi assinada pelo procurador da República Eduardo Benones e emitida no âmbito de procedimento do MPF já em curso, que fiscaliza os repasses e a aplicação dos recursos do fundo pelo governo do Rio.
Castro e Moraes
O governo do Rio de Janeiro enviou, na tarde da segunda-feira (3/11), um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com esclarecimentos sobre a megaoperação. Ao detalhar os resultados operacionais e vítimas, o governador Cláudio Castro (PL) apontou que houve 117 “opositores neutralizados”.
Castro teve que prestar esclarecimentos a Moraes, que é o ministro relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, que monitora ações policiais no Rio.
Além dos policiais mortos, o governo do Rio de Janeiro confirmou que quatro civis e 13 agentes de segurança acabaram feridos.
