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    Mulher é esfaqueada 7 vezes por casal e alega intolerância religiosa

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    Uma mulher foi esfaqueada dentro de sua residência na noite da última quinta-feira (13/11) após um casal de vizinhos invadir sua casa, localizada no bairro Aterrado, em Mogi Mirim, interior de São Paulo. O crime teria sido motivado por intolerância religiosa, já que a vítima é praticante da Umbanda, religião afro-brasileira.

    Segundo o boletim de ocorrência, Marcelo Aparecido Ramalho, de 54 anos, e sua esposa, Leide Cristiane da Silva Borges, de 39 anos, pularam o muro da casa de Miryan de Oliveira Silva e invadiram seu quintal. Durante o ataque, Marcelo segurou a vítima enquanto Leide desferia golpes de faca no braço e no tórax de Miryan.

    5 imagens Vítima foi esfaqueada sete vezes e recebia bilhetes de ameaças por conta da religião; casal suspeito permanece preso Vítima foi esfaqueada sete vezes e recebia bilhetes de ameaças por conta da religião; casal suspeito permanece preso Vítima foi esfaqueada sete vezes e recebia bilhetes de ameaças por conta da religião; casal suspeito permanece preso Vítima foi esfaqueada sete vezes e recebia bilhetes de ameaças por conta da religião; casal suspeito permanece presoFechar modal.1 de 5

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    Em entrevista ao Metrópoles, Chayene Cavalcante, tia de Miryan, relatou que a sobrinha se mudou para o bairro em junho deste ano e, desde então, vinha sofrendo ataques e ofensas devido à sua religião.

    “Pouco tempo depois da mudança, começaram a aparecer papéis na casa dela com ameaças. O primeiro veio manchado, parecido com sangue, e dizia para ela sair do bairro, chamando-a de ‘macumbeira’”, contou Chayene.

    Ainda segundo a tia, os ataques se intensificaram: os bilhetes eram frequentes, o muro da casa chegou a ser pichado com frases como “fora macumbeira” e “vai para o inferno”, e o casal de vizinhos chegou até a jogar fezes no quintal de Miryan.

     

    Miryan foi atingida por sete facadas, entre tórax e braço. Durante a agressão, conseguiu se soltar e correr até a frente da casa, onde vizinhos ouviram seus gritos e acionaram o socorro médico e a Polícia Militar.

    Ao chegar à residência dos suspeitos, os policiais encontraram a faca usada no ataque e roupas com vestígios de sangue escondidas sob a cama. Ambos foram presos e encaminhados à Central de Polícia Judiciária de Mogi Guaçu, onde permanecem detidos.

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    Chayene destacou a preocupação da família com a segurança de Miryan. “Minha sobrinha está desesperada porque precisará mudar de casa. Não sabemos se eles vão voltar. Presos, eu sei que estão, mas por quanto tempo? Se forem soltos, minha sobrinha poderá ter uma vida normal? Essa é a preocupação de todos nós”.

    Miryan recebeu alta da Santa Casa de Mogi Mirim na última segunda-feira (17/11), após evolução nos ferimentos, e está sob cuidados de familiares.

    O caso segue sob investigação na Delegacia de Polícia Seccional de Mogi Guaçu. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informa que a ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio.