A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG) prendeu uma mulher suspeita de ter orquestrado o assassinato do irmão e do cunhado para ficar com um seguro de vida no valor de R$ 380 mil e um patrimônio avaliado em cerca de R$ 1 milhão.
Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e o americano Thomas Stephen Lydon, de 65, estavam juntos há cerca de 30 anos e morreram em junho deste ano, em Governador Valadares (MG), onde moravam.
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Inicialmente, as mortes foram avaliadas como sendo de causas naturais. Thomas teria morrido em decorrência de um câncer de pele, e Everaldo teria falecido após um suposto coma alcoólico.
Entretanto, um mês depois das mortes, familiares do casal desconfiaram da situação, uma vez que não foram comunicados sobre internações nem avisados sobre os enterros. A partir disso, os corpos — que não haviam passado por perícia anteriormente — foram exumados. O laudo confirmou a presença de fenobarbital (medicamento controlado que pode ser tóxico ou fatal) nos organismos.
Investigação
A polícia constatou que a irmã de Everaldo, que não teve a identidade divulgada, havia sido colocada como beneficiária vitalícia do patrimônio dele cerca de um mês antes do crime.
Um amigo do casal também foi preso. De acordo com a polícia, ele tinha envolvimento no assassinato e possuía uma procuração que lhe concedia poderes para representar Everaldo legalmente.
Saiba o que foi encontrado na investigação
• A polícia encontrou carimbos e receitas médicas falsificadas com o suspeito.
• Tentativas de transferência da casa do casal para o nome de uma terceira pessoa.
• Uma apólice de seguro de vida em que a irmã de Everaldo aparece como beneficiária vitalícia.
• Uma procuração que concedia poderes ao homem preso sobre Everaldo, inclusive para impedir o acesso da família ao prontuário médico.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 milhão em ativos financeiros e a restrição de veículos registrados em nome dos suspeitos, a fim de reaver o patrimônio acessado por eles.
