A Executiva Nacional do PSDB disse que não há motivo para comemorar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida na manhã deste sábado (22/11), em Brasília, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O partido citou prisões de outros presidentes e disse que o episódio é um “alerta vermelho” sobre a saúde da democracia brasileira.
“Não há o que comemorar quando um ex-presidente da República é preso. Esta é a quinta pessoa a ocupar a Presidência desde a redemocratização, e já temos dois que foram presos. É como se, numa família de cinco irmãos, quatro tivessem problemas graves com a Justiça”, disse a Executiva Nacional do PSDB. “Isso não é motivo de orgulho, é um alerta vermelho sobre a saúde da nossa democracia.”
Desde a redemocratização, o Brasil teve na verdade quatro ex-presidentes presos. Foram eles, além de Jair Bolsonaro, Lula (PT), Michel Temer (MDB) e Fernando Collor (sem partido).
Leia também
-
Eduardo Bolsonaro se manifesta sobre prisão do pai
-
José de Abreu celebra prisão de Bolsonaro com champanhe; assista
-
Zema critica prisão de Bolsonaro e diz que “injustiça prevaleceu”
-
Flávio Bolsonaro fala após prisão preventiva do pai
A Executiva Nacional do PSDB disse que a prisão deste sábado piora a imagem do país internacionalmente e comparou a situação à de uma empresa que “toda hora tem escândalo na diretoria”.
“O PSDB sempre defendeu – e continuará defendendo – que as instituições funcionem com serenidade e equilíbrio. Não somos oposição cega que torce pelo pior. Queremos um Brasil que funcione, independentemente de quem esteja no poder. Mas também não podemos fechar os olhos para os excessos, venham de onde vierem.”
“Esta prisão piora nossa imagem internacional. É como uma empresa que toda hora tem escândalo na diretoria – ninguém quer investir, ninguém quer fazer negócio. E quem paga essa conta? O povo brasileiro, que precisa de emprego, de crescimento econômico, de esperança no futuro. 2026 está logo ali. É hora de pensarmos que tipo de liderança queremos: a que inflama ou a que pacifica? A que divide ou a que une? A que respeita as instituições ou a que as desafia constantemente?”
