Portal Estado do Acre Notícias

Noruega anuncia investimento de US$ 2,9 bilhões no fundo de florestas

noruega-anuncia-investimento-de-us$-2,9-bilhoes-no-fundo-de-florestas

Noruega anuncia investimento de US$ 2,9 bilhões no fundo de florestas

A Noruega anunciou nesta quinta-feira (6/11) que destinará 30 bilhões de coroas norueguesas — o equivalente a US$ 2,9 bilhões — ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Facility – TFFF), mecanismo internacional proposto pelo governo brasileiro para financiar a conservação de florestas tropicais em todo o mundo.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Jonas Gahr Støre durante a Cúpula de Líderes da COP30, realizada em Belém (PA). Segundo o premiê, o novo fundo “poderá garantir financiamento estável e de longo prazo aos países que preservam suas florestas”, uma medida que considera “vital para conter o desmatamento e reduzir os impactos das mudanças climáticas”.

“Proteger as florestas tropicais é um investimento em nosso futuro comum. Este fundo ajudará a proteger ecossistemas vulneráveis, essenciais para mitigar a crise climática e ambiental global. Esperamos que mais países também contribuam com financiamento”, afirmou o Ministro do Clima e Meio Ambiente, Andreas Bjelland Eriksen em comunicado.

Leia também

A Noruega, tradicional parceira do Brasil em políticas de conservação — e o maior doador histórico do Fundo Amazônia —, fará os repasses em empréstimos graduais ao longo de dez anos, com vencimento até 2075.

O valor representa o maior investimento da história do país em iniciativas ambientais internacionais.

Condições e metas

Os empréstimos noruegueses estarão condicionados a metas de governança e sustentabilidade. Entre elas:

A longo prazo, o TFFF pretende tornar-se autossustentável, dispensando novas contribuições governamentais.

Brasil lidera proposta

O TFFF foi idealizado pelo governo brasileiro visando criar uma estrutura permanente de financiamento global para florestas tropicais, tratando sua preservação como um ativo de valor econômico e não somente uma responsabilidade dos países que as abrigam.

Tal modelo aplica uma lógica de mercado ao financiamento climático: o fundo pretende captar cerca de US$ 125 bilhões em investimentos privados, que serão reinvestidos em projetos sustentáveis.

Os rendimentos excedentes serão destinados a remunerar financeiramente os países que conservam suas florestas, de forma proporcional à área preservada.

O Brasil e a Indonésia já haviam confirmado aportes de US$ 1 bilhão cada, enquanto Portugal anunciou 1 milhão de euros.

Sair da versão mobile