Quando se fala em estratégias naturais para reduzir a inflamação no organismo, o ômega 3 aparece como um dos grandes aliados. A nutricionista Cynthia Távora explica que esse tipo de gordura essencial participa de processos fundamentais do corpo, especialmente no controle da inflamação e no funcionamento adequado do sistema cardiovascular.
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Segundo a especialista, o nutriente ajuda a equilibrar a produção de eicosanoides, substâncias que atuam como “mensageiras da inflamação”. “Quando existe um desequilíbrio nesses compostos, o corpo tende a permanecer em estado inflamatório. O ômega 3 funciona como um regulador natural, ajudando a modular essa resposta”, afirma Cinthia.

Entre os tipos mais importantes estão o EPA e o DHA, amplamente estudados pela ciência. De acordo com Cynthia, o EPA tem papel direto na regulação da inflamação e na proteção cardiovascular, enquanto o DHA compõe as membranas dos neurônios e da retina, sendo essencial para cognição, visão e desempenho cerebral. “Eles trabalham como uma dupla que sustenta tanto o coração quanto o cérebro”, explica a nutricionista.
Saiba quais alimentos são ricos em ômega 3
Cinthia destaca que boas fontes de ômega 3 incluem peixes, a exemplo de salmão selvagem, sardinha, atum, cavala e anchova. O ideal, segundo ela, é inserir duas a três porções por semana no cardápio.
“Já versões vegetais, como linhaça, chia e nozes, também contribuem, mas de forma menos eficiente na produção de EPA e DHA. Esses alimentos são saudáveis, mas não fornecem a mesma quantidade dos ácidos graxos presentes nos peixes”, orienta.
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O salmão é rico em triptofano e ômega-3
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A sardinha é um tipo de peixe muito benéfico para a saúde
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Atum é uma boa fonte de ferro
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As nozes têm nutrientes que previnem o envelhecimento do cérebro
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Consumir chia e linhaça ajuda a evitar os picos de glicose
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Em relação ao consumo de cápsulas de ômega 3 para garantir o aporte do nutriente ao organismo, a expert reforça que, mesmo que necessário em algumas situações específicas, a escolha do tipo de suplementação requer cuidado.
“É fundamental avaliar pureza, origem e ausência de metais pesados. A qualidade do óleo determina o efeito no organismo. Vale ressaltar que o uso do suplemento precisa ser feito com acompanhamento profissional”, reforça.
Não é um tratamento isolado
A nutricionista lembra, por fim, que nenhum alimento faz “milagres” isoladamente. Ela explica que a condição é multifatorial e melhora quando o corpo está em equilíbrio.

“O ômega 3 é uma peça valiosa do quebra-cabeça, porém, os resultados aparecem quando vêm acompanhados de alimentação adequada, controle do estresse, sono de qualidade e prática regular de atividade física”, completa.
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