Elas são pequenas , rápidas e indesejadas. Mas, antes de aparecerem em plena cozinha, as baratas seguem um rastro invisível: o cheiro. “O odor é o primeiro atrativo”, explica o biólogo Fabiano Soares. “Cheiro de lixo, de frutas, de comida, de caixa de gordura… tudo isso chama a atenção delas.”
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Biólogo revela o eletrodoméstico em que as baratas se escondem
Esses insetos geralmente vêm pelo esgoto e, uma vez dentro de casa, encontram o cenário ideal: frestas, pisos mal vedados, restos de comida e gordura acumulada embaixo do fogão ou da geladeira. “Elas usam essas brechas para se esconder e se alimentar. É um ciclo que se retroalimenta — quanto mais sujeira e abrigo, mais baratas aparecem”, completa o especialista.
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A umidade como aliada das baratas
Além dos cheiros, outro fator decisivo é a umidade. Locais escuros e úmidos, como despensas, pias e ralos, são um paraíso para esses insetos. “Um simples vazamento, uma pia molhada durante a noite ou um ralo exposto já bastam. Elas aproveitam qualquer ponto de umidade para se multiplicar”, afirma Fabiano.
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As baratas são insetos bem antigos que existem há milhares de anos. Por isso, elas conseguem viver em diversos ambientes, mais especificamente em regiões tropicais
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Algumas espécies de barata podem viver até um mês sem comida e resistir a altos níveis de radiação
RHJ/Getty Images
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O aparecimento delas não está exclusivamente ligado à restos de lixo orgânico
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A Blattella germanica é uma barata menor e marrom clara, constantemente encontrada em cozinhas
Tomasz Klejdysz / Getty Images.
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Periplaneta americana: Uma das baratas mais perigosas, tem cor característica marrom-avermelhada
Jivko Nakev / Getty Images
Quando o problema vai além do nojo
A presença de baratas não é apenas uma questão de incômodo, é um risco à saúde. Como circulam entre o esgoto e a cozinha, carregam no corpo bactérias como Salmonella e Escherichia coli, responsáveis por infecções gastrointestinais. “Elas andam por locais contaminados, entram em contato com fezes e depois sobem na pia, no prato ou nos talheres. É assim que os patógenos chegam às pessoas”, explica o biólogo.
Além das doenças, há mais o impacto alérgico. “O odor que as baratas liberam pode causar reações em pessoas sensíveis. Em infestações grandes, esse cheiro se intensifica e piora os sintomas.”
O acúmulo de baratas não atrai só mais baratas. “Elas são o principal alimento dos escorpiões“, lembra Fabiano. Ou seja, um ambiente infestado pode abrir espaço para outro visitante indesejado e ainda mais perigoso.
