Um tiroteio a poucos quarteirões da Casa Branca, na tarde dessa quarta-feira (26/11) – véspera do feriado nacional de Ação de Graças –, deixou ao menos dois soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos gravemente feridos. O ataque, a cerca de 500 metros da sede do poder norte-americano, acendeu alerta máximo entre forças de segurança federais e locais.
Segundo o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, D.C., os disparos ocorreram por volta das 14h30 (16h30 no horário de Brasília), no cruzamento da 17th Street com a I Street, no noroeste da cidade. A região é turística, cercada por escritórios do governo e a cerca de 10 minutos de caminhada da residência oficial do presidente.
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Local foi isolado para trabalho da polícia
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Entre os feridos, estão dois agentes da Guarda Nacional
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Tiroteio ocorreu a duas quadras da Casa Branca
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Suspeito detido
Horas após o ataque, o The New York Times informou que o suspeito foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, um homem de 29 anos e imigrante do Afeganistão. De acordo com o jornal, o atirador, que teria agido sozinho, mirou diretamente nos militares.
A secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou que o suspeito é “um dos muitos imigrantes não verificados que entraram nos Estados Unidos em regime de liberdade condicional em massa” durante o governo de Joe Biden. A informação foi confirmada pelo presidente Donald Trump.
O homem foi localizado rapidamente e levado sob custódia. Ainda não há confirmação oficial sobre motivação, possível ligação com grupos extremistas ou histórico criminal.
Em manifestação sobre o caso nas redes sociais, o presidente dos EUA, que estava na Flórida no momento do ataque, disse que o suspeito também foi baleado e está gravemente ferido.
“O animal que atirou nos dois membros da Guarda Nacional […] também está gravemente ferido, mas, independentemente disso, pagará um preço muito alto”, escreveu na Truth Social.
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Soldados feridos em estado grave
Os dois agentes atingidos são membros da Guarda Nacional destacados para reforçar a segurança na região central de Washington, D.C.. Eles foram socorridos e levados a hospitais próximos e permanecem em estado grave. As identidades não foram divulgadas.
Testemunhas relataram ter ouvido uma sequência rápida de disparos, seguida de correria e isolamento imediato da área por equipes de emergência e agentes federais.
O governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, chegou a publicar que os dois militares atingidos durante o tiroteio haviam morrido, mas recuou logo depois, alegando “relatos conflitantes”.
Não há informações oficiais sobre outras vítimas.
Área isolada e investigação federal
A área onde ocorreu o tiroteio foi completamente isolada. Agentes federais do Serviço Secreto e do Federal Bureau of Investigation (FBI) – Departamento Federal de Investigação, em tradução livre – se uniram às equipes locais na apuração do caso, dada a proximidade com a Casa Branca e a possibilidade de ameaça à segurança nacional.
Aftermath of the shooting in downtown dc. Guardsman or multiple reportedly shot. And maybe others
Video passed along from someone nearby pic.twitter.com/8Dp7fhMr2s
— Sam Stein (@samstein) November 26, 2025
Segundo a polícia, imagens de câmeras de vigilância da região estão sendo analisadas para reconstruir a dinâmica do ataque.
O incidente ainda provocou interrupção temporária no tráfego, suspensão de linhas de ônibus e alerta para funcionários de repartições públicas próximas.
Guarda Nacional em Washington, D.C.
O ataque ocorre em meio a uma ampla mobilização militar na capital norte-americana. Desde agosto, mais de 2 mil soldados da Guarda Nacional de vários estados foram enviados a Washington como parte de uma operação ordenada por Trump para reforçar o combate ao crime.
Após o tiroteio, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que o presidente ordenou o envio de mais 500 soldados à capital.
A medida é alvo de críticas e disputa judicial. Na semana passada, um juiz federal suspendeu temporariamente o envio de tropas por entender que a decisão violava a legislação. Após o ataque desta quarta-feira, a administração Trump pediu revisão imediata da liminar.
