Apesar de alguns caciques do grupo terem prometido ajudar Jorge Messias a aprovar sua indicação no Senado, lideranças do Centrão apontam um “temor” em relação ao escolhido de Lula para o STF.
O receio de deputados federais e senadores do bloco é de que o indicado de Lula reforce a “ala” no Supremo que trabalha para “dificultar” o pagamento das emendas parlamentares.



Lula e Jorge Messias
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Lula e Jorge Messias
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O AGU Jorge Messias
BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakifoto
A situação das emendas ficou mais complicada desde a chegada de Flávio Dino ao STF. O ministro assumiu a relatoria das ações que questionam o orçamento secreto e até mesmo a impositividade de certas emendas.
Integrantes do Centrão temem que o aumento da bancada governista no STF coloque em risco a “autonomia” do Congresso. A Corte tem ajudado o governo em algumas pautas, como no decreto do IOF.
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Na ocasião, o Congresso optou por derrubar o decreto de Lula que aumentava alíquotas do imposto. O STF, porém, invalidou a decisão dos parlamentares, dando ganho de causa ao governo federal.
A situação de Messias, que já começou o tradicional beija-mão de senadores, é considerada “complicada”. Em especial, devido à insatisfação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), com a escolha.
Alcolumbre, como a coluna noticiou, defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o Supremo. Lula, contudo, quer que o parlamentar seja seu candidato ao governo de Minas em 2026.
Ciente de sua dificuldade, Messias pretende dizer aos senadores que tem perfil diferente do de Dino. Nas conversas, ele também pretende fazer defesa das prerrogativas do Congresso.


