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    O último recurso de Bolsonaro para escapar da prisão na Papuda

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    Os quatro ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tinham sete dias, a partir de ontem, para dar seus votos sobre o recurso impetrado pelas defesas de Bolsonaro e dos demais integrantes do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023.

    Se acolhessem o recurso, certamente o fim do julgamento dos sete réus ficaria para o início do próximo ano. Mas por unanimidade, e em menos de sete horas, eles o recusaram. Como recusarão, por descabido, o próximo e último recurso das defesas. Assim, os réus poderão começar a cumprir suas penas até o final deste mês.

    No caso de Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão, o que agora se discute é se ele irá para a penitenciária da Papuda, ou para uma sala especial da Superintendência da Polícia Federal ou se cumprirá a pena em casa. A decisão caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

    Bolsonaro não aguentaria muito tempo na Papuda devido ao seu estado de saúde. É o que dizem advogados ligados a ele, mas não é necessariamente no que Moraes acredita. Então se ele voltar a ter uma crise de soluços, ou se precisar correr para um hospital, talvez Moraes se convença de que o melhor será deixá-lo em casa.

    Na verdade, esse é o último recurso à disposição de Bolsonaro para escapar da humilhação de se ver trancado na Papuda, embora sozinho na ala VIP em um espaço com ar condicionado, televisão, frigobar, cama confortável e uma bicicleta ergométrica. Um celular faria a diferença. Mas ele está proibido de usar celular.

    Aguardemos os próximos dias para saber o que Bolsonaro fará.

     

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