Ao analisar a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12/11), o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, apontou três fatores que fizeram a desaprovação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), medida em novembro, permanecer estável em relação ao levantamento anterior, de outubro.
Um levantamento da Genial/Quaest apontou que Lula é aprovado por 47% e desaprovado por 50%. Outros 3% não souberam opinar ou não responderam.
Segundo Nunes, a aprovação ao governo Lula “interrompeu tendência de alta e fica estável neste mês”.
Na rede social X, ele apontou que a estabilidade é explicada por três fatores que se anulam: “De um lado, alívio no bolso. Caiu de 88% para 58% a parcela que reclama da alta dos alimentos no supermercado.”
O segundo fator seria a “impressão positiva”, ainda segundo Nunes, do encontro que Lula teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Malásia. Cerca de 45% afirmam que o presidente “saiu mais forte”, enquanto 30% dizem que ele “saiu mais fraco”.
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O terceiro fator, porém, foi que as “falas de Lula sobre a operação no Rio repercutiram mal”.
“No país, 81% discordaram da declaração sugerindo que traficantes seriam ‘vítimas dos usuários’— proporção semelhante à vista no RJ há uma semana”, analisou Felipe Nunes.
De acordo com o cientista político, o posicionamento teve efeito negativo porque “51% acreditam que essa é uma opinião sincera do presidente, mesmo após a justificativa apresentada pela Presidência; 39% veem como mal‑entendido”.
Cerca de 57% discordam da tese defendida por Lula, de que a operação no Rio foi “desastrosa do ponto de vista da atuação do Estado”
A operação nacional tem aprovação maior que a do Rio de Janeiro: 67% aprovam e 25% desaprovam a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha. Além disso, 67% afirmam que não houve exagero por parte da polícia.
Megaoperação
A megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, já é considerada o episódio mais letal da história do estado e do século 21 no Brasil.
