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    PEC da reforma administrativa tem debandada de deputados

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    Menos de um mês após ser protocolada na Câmara, a PEC da reforma administrativa passou a enfrentar debandada de assinaturas por parte de deputados federais.

    A proposta foi protocolada na Casa dia 24 de outubro. De lá para cá, foram ao menos 14 pedidos de retirada de apoio por parte de deputados de diversos partidos.

    3 imagensPedro Paulo trata da reforma administrativa com o presidente do STF, Edson FachinRelator da Reforma Administrativa, junto da ministra da Gestão Esther DweckFechar modal.1 de 3

    O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), relator da reforma administrativa

    Elaine Menke / Câmara dos Deputados2 de 3

    Pedro Paulo trata da reforma administrativa com o presidente do STF, Edson Fachin

    STF/Divulgação3 de 3

    Relator da Reforma Administrativa, junto da ministra da Gestão Esther Dweck

    Adalberto Marques/MGI

    Na lista da debandada, estão nomes como o líder da oposição, Zucco (PL-RS), e Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), do mesmo partido de Pedro Paulo (PSD-RJ), relator do projeto.

    Zucco, por exemplo, argumentou que a PEC “contém dispositivos de amplo impacto sobre a autonomia federativa” e que precisaria passar por “uma discussão mais profunda antes de qualquer apoio formal”.

    “Por essas razões, entendo que a retirada da assinatura é uma atitude de responsabilidade institucional, até que haja um debate mais aprofundado, com transparência, participação social e segurança jurídica sobre os reais efeitos da proposta”, argumenta o parlamentar.

    Também retiraram as assinaturas:

    • Rafael Prudente (MDB-DF)
    • Murilo Galdino (Republicanos-PB)
    • Fátima Pelaes (Republicanos-AP)
    • Duda Ramos (MDB-RR)
    • Emidinho Madeira (PL-MG)
    • Pastor Diniz (União-RR)
    • Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR)
    • Helena Lima (MDB-RR)
    • Marx Beltrão (PP-AL)
    • Alexandre Guimarães (MDB-TO)
    • Renilce Nicodemos (MDB-PA)
    • Henderson Pinto (MDB-PA)
    • Marussa Boldrin (MDB-GO)

    Assim como Zucco, os demais deputados argumentam que assinaram a PEC com o intuito de “fomentar o debate”, mas, após análise técnica, passaram a temer “possíveis impactos sobre direitos e garantias fundamentais”.

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    A reforma administrativa é o projeto favorito de Hugo Motta (Republicanos-PB) para ser a “marca” de sua gestão como presidente da Câmara. Motta gostaria de votar a reforma antes das eleições de 2026.

    A debandada das 14 assinaturas não é suficiente para derrubar a proposta. Para derrubar uma PEC depois de protocolada, seria preciso que metade das 171 assinaturas — ou seja, 86 deputados — fosse retirada.