A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (12/11), a “Operação Nêmesis”, para apurar a possível prática de embaraço à investigação sobre uma organização criminosa supostamente envolvida no desvio de recursos públicos da Covid-19 e de emendas parlamentares, utilizados para o pagamento a empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas na época da pandemia.
De acordo com a PF, agentes federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Palmas (TO) e Santa Tereza do Tocantins (TO).
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Desdobramentos
As investigações tiveram início durante a deflagração da segunda fase da Operação Fames-19, em 3 de setembro, na qual a PF identificou indícios de que alguns investigados teriam usado seus cargos e veículos oficiais para retirar e transportar documentos e materiais de interesse, causando embaraço às investigações sobre a atuação da organização criminosa, que ainda se encontram em curso e tramitam sob sigilo na Corte Especial do STJ.
Na fase anterior da operação, o então governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi alvo de buscas e foi afastado do cargo. Ele negou irregularidades.
Segundo a PF, as ações desta quarta-feira buscam interromper as ações voltadas à destruição e ocultação de provas e de ativos, além de reunir novos elementos que contribuam para esclarecer os fatos, especialmente sobre a participação dos suspeitos e a possível atuação de outros agentes até então não identificados.
