A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta quarta-feira (26/11), a Operação Múltiplas Faces para desmontar um esquema de fraudes previdenciárias que há meses vinha drenando recursos públicos em Minas Gerais.
Os valores pagos irregularmente ultrapassam R$ 2 milhões. A ação policial também impediu que outros R$ 830 mil fossem liberados, estancando novos danos ao erário.
A ação, conduzida em parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), identificou um grupo especializado na criação de pessoas fictícias para requerer benefícios assistenciais destinados a idosos de baixa renda.
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Os investigadores descobriram que os criminosos estruturaram o golpe a partir de identidades montadas com documentos falsificados, RGs, comprovantes de residência e demais papéis necessários para abrir caminho dentro do INSS.
A partir dessas personagens artificiais, o grupo conseguia inserir pedidos de benefício como se fossem legítimos, explorando brechas do sistema e causando prejuízo direto aos cofres da União.
Com o avanço da apuração, a equipe da Força-Tarefa Previdenciária encontrou ao menos oito benefícios já concedidos de forma ilegal.
Para aprofundar a investigação e apreender provas que detalhem a participação de cada integrante, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Contagem, Timóteo e Córrego Novo, todos expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte.
Documentos, eletrônicos e registros bancários foram recolhidos e passam por análise técnica.
Os envolvidos podem responder por estelionato qualificado e outros crimes eventualmente identificados durante a análise do material apreendido.
