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Phil Haegler morre em acidente de parapente no Rio de Janeiro

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Phil Haegler morre em acidente de parapente no Rio de Janeiro

O empresário e piloto de voo livre Phil Haegler, um dos nomes mais respeitados do parapente e da asa-delta no Brasil, morreu após um acidente na tarde desta quinta-feira (20), na Avenida Prefeito Mendes de Morais, em São Conrado, Zona Sul do Rio.

Segundo testemunhas, Haegler havia decolado da Pedra da Gávea pouco depois do meio-dia. Ao se aproximar da área de pouso, seu equipamento foi atingido por uma asa-delta que voava na região. Com o impacto, ele perdeu o controle, colidiu contra a fachada de um prédio e caiu.

Relatos indicam que o piloto chegou a ser socorrido com vida e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas morreu logo após dar entrada. Pessoas próximas relataram um cenário de grande comoção no hospital, com familiares e amigos profundamente abalados. Alguns deles também estiveram na unidade para tratar da liberação do corpo.

A 15ª DP (Gávea) instaurou inquérito e busca imagens e novos depoimentos para esclarecer as circunstâncias da colisão.

Uma referência histórica do voo livre

Bicampeão brasileiro de asa-delta e ex-presidente da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL), Philip Eric Haegler era considerado um dos pilotos mais experientes do país. Casado e pai de quatro filhos, ele começou a saltar muito cedo e tinha relação íntima com São Conrado e a Pedra da Gávea — locais que descrevia simbolicamente como a extensão de sua própria casa, tamanha a familiaridade com o cenário.

Colegas de esporte lembram que, ao longo de mais de 50 anos de dedicação ao voo livre, Haegler se tornou um modelo para diversas gerações de pilotos. Especialistas reforçam que o acidente foi uma fatalidade e destacam sua generosidade, sua técnica e sua importância na formação de atletas.

Reação do setor

Representantes do clube de voo da região confirmaram que a colisão com uma asa-delta foi determinante para o acidente e informaram que continuam reunindo imagens para esclarecer os fatos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou a morte do piloto e reforçou que, embora o voo livre não exija habilitação do órgão, a prática envolve riscos significativos e depende fortemente das condições meteorológicas e geográficas, sendo recomendado que praticantes busquem certificação em associações aerodesportivas.

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