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    Plano de Sidônio sobre segurança enfrenta resistência no governo Lula

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    Integrantes do governo Lula estão divididos sobre o plano do ministro da Secom, Sidônio Palmeira, para reagir à operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro.

    Durante reunião com Lula em Belém na terça-feira (4/11), Sidônio apresentou ao presidente e a outros integrantes do governo o projeto “Aliança Contra o Crime pela Paz”.

    4 imagensMinistro Sidônio Palmeira, ao lado de Lula, foi criticado por diretora da EBCFechar modal.1 de 4

    Sidônio Palmeira e o presidente Lula

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    Ministro Sidônio Palmeira, ao lado de Lula, foi criticado por diretora da EBC

    Hugo Barreto/Metrópoles
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    Ricardo Stuckert/PR

    Conforme revelado pela colunista Mônica Bergamo e confirmado pelo Metrópoles, o plano prevê um conjunto de ações e conceitos que poderiam reposicionar o governo Lula no tema.

    A ideia do projeto seria explorar ações concretas do governo para apreenção de drogas, construção decentros integrados de segurança e investigações contra organizações criminosas.

    Uma ala do governo, porém, não se entusiasmou com a ideia. Uma das principais resistências se deve à sugestão de Sidônio para que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, coordene o plano.

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    A proposta de Sidônio enfrenta resistência no Ministério da Justiça e Segurança Pública. A avaliação é de que o plano de ter Rui como coordenador enfraqueceria o ministro Ricardo Lewandowski.

    Outros auxiliares de Lula lembram que o chefe da Casa Civil deve deixar o cargo em abril de 2026, para disputar as eleições na Bahia, o que poderia comprometer a coordenação do projeto.

    Há ainda uma ala do governo que avalia que o plano poderia trazer o problema da segurança pública, que é atribuição principalmente dos governos estaduais, para o colo de Lula em pleno ano eleitoral.

    O próprio presidente, de acordo com relatos, apenas ouviu a apresentação de Sidônio e não deu encaminhamento. A ideia é que ele só volte a discutir o tema após terminar sua participação na COP30.