Antes mesmo de ser instalada no Senado, a CPI do Crime Organizado já preocupa auxiliares do presidente Lula no Palácio do Planalto mais do que a CPMI do INSS.
A avaliação de assessores palacianos é de que a CPI do Crime tem potencial maior que a do INSS para ser usada pela oposição como instrumento de ataque ao governo.



O presidente Lula
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Presidente Lula
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Auxiliares de Lula argumentam que, no caso da CPI mistra do INSS, o governo conseguiu amenizar os efeitos negativos ao ressarcir as vítimas antes do início da comissão.
Ministros e assessores do governo ponderam ainda que, embora o tema do INSS afete o eleitorado de Lula, a questão da segurança pública é considerada mais sensível para o governo.
Com base nesse diagnóstico, o Planalto avalia que precisará mobilizar, a partir de agora, seus principais quadros no Congresso para acompanhar e disputar a condução da CPI.
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Paralelamente a isso, o governo pretende insistir na votação da PEC da Segurança Pública e no projeto de lei antifacção, assinado por Lula na semana passada
A CPI do Crime Organizado
A CPI do Crime Organizada foi anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na semana passada, após a megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
A previsão é de que o colegiado seja instalado na terça-feira (4/11). O favorito para ser o relator é o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido de criação da CPI.
O PT de Lula, por sua vez, pleiteia a presidência da comissão. Se conseguir o posto, o partido planeja indicar para presidir a CPI o senador Fabiano Contarato (PT-ES).



