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Por que seu dinheiro deve viajar para fora?

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Por que seu dinheiro deve viajar para fora?

Você sabia que seu dinheiro não precisa ficar limitado ao Brasil? Muita gente ainda acha que investir no exterior é para poucos, mas essa etapa deveria ser vista como parte natural do processo da gestão do seu patrimônio no longo prazo.

Em outras palavras: investir lá fora não deve ser visto como um passo “extra” no caminho da sua liberdade financeira; e sim, como parte componente dessa jornada.

E, pode acreditar, esse passo pode ser bem mais simples do que parece, especialmente nos dias de hoje. Diferente de 20 ou até 10 anos atrás, o acesso a investimentos fora do Brasil se tornou mais prático, rápido e democrático.

Dito isso, é claro que o argumento a favor da diversificação internacional não se limita à praticidade.

Pelo contrário – esse fator pode ser visto como (esse sim) um “extra”. Da mesma maneira, a importância do investimento além-fronteiras também vai muito além da viagem ao exterior ou da crença de que investir fora significa desacreditar no Brasil.

Certo. Mas, senão por isso, por que deveria considerar investimentos fora do Brasil?

Aqui vão alguns dos principais motivos:

O mercado de capitais brasileiro representa apenas de 1% a 2% do mercado de capitais global.

Ou seja, concentrar seus investimentos no Brasil significa renunciar à maior parte das alternativas existentes no mundo para o seu dinheiro – incluindo setores, classes de ativos e instrumentos pouco desenvolvidos ou mesmo inexistentes por aqui (pense no pujante setor de tecnologia e na temática de Inteligência Artificial, por exemplo).

Crises políticas, convulsões sociais ou até mesmo eventos climáticos. Tudo isso pode acontecer no Brasil ou em qualquer outro país no mundo, balançando os mercados e o seu dinheiro.

Agora, imagine algum desses fatores (ou, quem sabe, mais de um de uma vez) se concretizando onde a totalidade do seu patrimônio está investida. Pois é, ter um portfólio exposto a mercados diferentes, nesse caso, ajudaria a reduzir o impacto desses eventos no total do seu portfólio – contribuindo para equilibrar e proteger seu patrimônio.

Afinal, se uma parte da carteira está “lá fora”, eventos puramente locais não comprometem toda a estratégia.

Sabemos que um dos principais objetivos dos investimentos é (ou deveria ser) a preservação do valor real do capital ao longo do tempo. De maneira simplificada, garantir que – no futuro – você não perca poder de compra com seu patrimônio acumulado.

Manter parte dos investimentos atrelado à moeda forte é uma das principais formas de se atingir esse objetivo.

Isso porque, diferente do que muitos acreditam, boa parte da variação de preços por aqui (ou seja, a inflação doméstica) reflete a variação da nossa taxa de câmbio – do preço do pãozinho, ao carro e ao eletrodoméstico, todos são impactos pelo valor do dólar.

Assim, a diversificação internacional contribui para dirimir o efeito da inflação sobre o patrimônio ao longo do tempo. Afinal, quanto maior a desvalorização cambial da nossa moeda, maior esse efeito.

Por fim, mas não menos importante, vale destacar o papel da diversificação internacional para a otimização dos retornos de um portfólio, uma vez que ativos estrangeiros tendem a ter uma correlação muito baixa com os ativos domésticos. Ou seja, trazer maior eficiência sob o ponto de vista do principal trade off dos investimentos: risco X retorno.

De maneira simplificada, isso significa que a chance de observarmos o mesmo comportamento (de baixa, alta ou o que for) em ativos domésticos – como ações na nossa bolsa – e ativos internacionais (como ações negociadas em bolsas fora do Brasil) é baixa.

Essa dinâmica ajuda a equilibrar o portfólio, reduzindo os impactos do “vai e vem” dos mercados em diferentes ciclos e momentos no cenário global e doméstico.

Ah! Antes de finalizar contando que esse tema – o equilíbrio entre risco e retorno – será objeto do nosso próximo artigo por aqui, vale um recado importantíssimo: você não precisa de muito dinheiro ou PHD em fianças para começar a investir no exterior.

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Hoje contamos com alternativas para todos os perfis, desde fundos de investimento disponíveis no Brasil com valores a partir de R$ 500 até carteiras diversificadas completas acessíveis por meio de contas globais de investimento.

E (Ah.2!) não existe receita única: vale buscar informações, conversar com seu assessor de investimentos e, principalmente, dar esse primeiro passo sem esperar a perfeição.

A curiosidade e interesse já te trouxeram até aqui: o que mais falta para começar?

* Rachel de Sá, Estrategista de investimentos da XP

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