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    Presidente do BRB emite nota e diz que operação da PF “é legítima”

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    Afastado da presidência do Banco de Brasília (BRB) por decisão da Justiça, Paulo Henrique Costa se manifestou a respeito da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18/11).

    Paulo Henrique afirmou que toda investigação conduzida pelas autoridades competentes é legítima, necessária e positiva para o fortalecimento das instituições e para assegurar a transparência no sistema financeiro

    “Aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro. No caso do Banco Master, o BRB identificou, no primeiro quadrimestre, divergências documentais em parte das operações, comunicou o fato ao Banco Central do Brasil e promoveu, em sua grande maioria, a substituição dessas carteiras”, esclareceu.

    De acordo com o presidente afastado, após a identificação dessas questões, a atuação do BRB consistiu na revisão da documentação, reforço de controles e ajustes de processos, “medidas adotadas para mitigar riscos e preservar a instituição”.

    “Reitero meu compromisso de cooperar integralmente com as autoridades e de disponibilizar todas as informações necessárias para o completo esclarecimento dos fatos. Zelo pela transparência e pela legalidade em todas as minhas ações e confio que a apuração trará os devidos esclarecimentos”, pontuou Paulo Henrique.

    Leia nota de Paulo Henrique Costa, na íntegra:

    “Diante dos acontecimentos desta terça-feira (18), que envolvem operações da Polícia Federal, venho a público manifestar que:
    • Toda investigação conduzida pelas autoridades competentes é legítima, necessária e positiva para o fortalecimento das instituições e para assegurar a transparência no sistema financeiro. É fundamental atuar com transparência e dentro da mais estrita legalidade em todas as esferas da administração pública.
    • Aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro. No caso do Banco Master, o BRB identificou, no primeiro quadrimestre, divergências documentais em parte das operações, comunicou o fato ao Banco Central do Brasil e promoveu, em sua grande maioria, a substituição dessas carteiras. 
    • Após a identificação dessas questões, a atuação do BRB consistiu na com revisão da documentação, reforço de controles e ajustes de processos, medidas adotadas para mitigar riscos e preservar a instituição.

    Reitero meu compromisso de cooperar integralmente com as autoridades e de disponibilizar todas as informações necessárias para o completo esclarecimento dos fatos. Zelo pela transparência e pela legalidade em todas as minhas ações e confio que a apuração trará os devidos esclarecimentos.”

    Afastamento por 60 dias

    A Justiça afastou Paulo Henrique, por 60 dias, da presidência do BRB. Ele também foi alvo de busca e apreensão, assim como a sede da instituição financeira, localizada no Setor de Autarquias Norte (DF).

    Paulo Henrique está nos Estados Unidos, onde faz curso em Harvard.

    Na manhã desta terça-feira (18/11), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva na Operação Compliance Zero, que investiga esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo o Banco Master.

    5 imagensAo todo, os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em cinco unidades da FederaçãoA deflagração da operação ocorre um dia depois de um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em parceria com o grupo de participações Fictor, anunciar a compra do Banco Master, com aporte inicial de R$ 3 bilhõesOs investigados serão ouvidos pela Polícia Federal e podem responder a processos criminais e sanções administrativas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)A PF também deve aprofundar a análise sobre a origem dos recursos movimentados e eventuais beneficiários finais das operações fraudulentasFechar modal.1 de 5

    A Operação Compliance Zero tem como alvo um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional, entre elas o Banco de Brasília (BRB), onde policiais fazem buscas

    Michael Melo/Metrópoles2 de 5

    Ao todo, os policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão em cinco unidades da Federação

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    A deflagração da operação ocorre um dia depois de um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos, em parceria com o grupo de participações Fictor, anunciar a compra do Banco Master, com aporte inicial de R$ 3 bilhões

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    Os investigados serão ouvidos pela Polícia Federal e podem responder a processos criminais e sanções administrativas do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

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    A PF também deve aprofundar a análise sobre a origem dos recursos movimentados e eventuais beneficiários finais das operações fraudulentas

    Divulgação/PF

    O BRB tem negócios com o Master e chegou a anunciar a aquisição da instituição, em março de 2025, mas o negócio foi barrado pelo Banco Central.

    Além de Paulo Henrique, a Justiça determinou o afastamento do diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior.

    Nesta terça-feira, a PF prendeu o dono do Master, Daniel Vorcaro, o ex-sócio Augusto Lima e o tesoureiro, Alberto Félix. A operação foi deflagrada um dia após o Master anunciar venda para a Fictor e investidores internacionais.