Durante o United for Wildlife Global Summit, realizado nesta terça-feira (4/11), no Rio de Janeiro, o príncipe William anunciou uma nova parceria internacional voltada à proteção dos povos indígenas e defensores da floresta amazônica. A iniciativa, chamada de Protect the Protectors, busca oferecer assistência jurídica e apoio emergencial a lideranças ameaçadas por atividades ilegais em seus territórios.
Leia também
-
Ele é carioca! Veja foto do príncipe William em bar no Rio de Janeiro
-
Príncipe William navega pela Baía de Guanabara e planta em manguezal
-
O que é o Prêmio Earthshot, que trouxe o príncipe William ao Brasil
-
Príncipe William revela lado craque de futebol e faz gol no Maracanã
O projeto é uma colaboração entre a Royal Foundation, por meio do programa United for Wildlife, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), o Fundo Podáali, a Rainforest Foundation Norway e a Re:wild.
Segundo o príncipe, a proposta é fortalecer sistemas liderados por indígenas e garantir recursos rápidos a quem sofre ameaças.
“Não podemos gerenciar nossas florestas enquanto seus protetores vivem com medo. E não podemos proteger os defensores do meio ambiente sem garantir os territórios que eles defendem”, declarou William. “Devemos proteger os protetores, se quisermos garantir o futuro desses ambientes críticos”, concluiu.

A iniciativa surge em um contexto alarmante. Apenas em 2024, mais de 1,7 milhão de hectares da floresta amazônica foram devastados, em grande parte por crimes ambientais, como extração ilegal de madeira, garimpo e grilagem. Ao mesmo tempo, 393 casos de violência contra defensores ambientais foram registrados no país entre 2023 e 2024, sendo povos indígenas e afrodescendentes as principais vítimas.
Esta iniciativa significa trabalhar em parceria com aqueles que melhor conhecem a terra para fortalecer os sistemas liderados por indígenas, fornecer assistência jurídica e apoio de emergência
Príncipe William
Para Toya Manchineri, coordenador executivo da COIAB, o apoio internacional é fundamental. “A segurança daqueles que defendem as florestas com suas próprias vidas deve ser central nas discussões globais”, afirmou.

Proteger nossos territórios é uma missão herdada de nossos ancestrais. Continuamos essa luta com nossas próprias vidas e convidamos o mundo a se juntar a essa missão global: proteger aqueles que protegem a Terra
Toya Manchineri
Além de assistência legal e abrigos emergenciais, a parceria pretende criar uma plataforma compartilhada de dados para monitorar ameaças e ampliar a visibilidade dos direitos indígenas. A COIAB representa cerca de 750 mil pessoas em 110 milhões de hectares da Amazônia brasileira.
O anúncio fez parte de um evento que também reuniu governos, empresas e organizações de todo o mundo em torno de novas medidas contra o crime ambiental. Entre as ações reveladas, estão uma declaração ministerial global liderada pela Royal Foundation, o compromisso do Brasil em criar um marco legal contra crimes ambientais e uma doação de US$ 135 milhões de fundações privadas para fortalecer a governança indígena até a COP30.
Para saber mais, siga o perfil de Vida&Estilo no Instagram.
