O segundo dia da turnê do príncipe William pelo Brasil — mais precisamente em solo carioca — começou com uma visita à Ilha de Paquetá, fixada na Baía de Guanabara, na manhã desta terça-feira (4/11). Ao longo do compromisso oficial, o criador do Prêmio Earthshot conversou com moradores para saber sobre a vida na região e conheceu representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsáveis pela gestão da área de manguezais.
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Em conversa com a imprensa, o presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires, declarou a respeito da importância do príncipe conhecer a Baía de Guanabara. Segundo o gestor, o herdeiro do trono conferiu “um trabalho muito forte de conservação dentro da área proteção ambiental Guapimirim, que sofreu uma degradação”. Em razão da atividade desenvolvida na região, esse impacto negativo tem sido “superado a partir do trabalho de restauração”.
“Nós temos ótimas experiências que podem ser úteis para outros países, por trabalhar com a comunidade, com engajamento social e também com os órgãos públicos dando apoio e assistência, como se realiza aqui no núcleo que cuida dessa área”, destacou o presidente do ICMBio.
A coluna Claudia Meireles também conversou com moradores da Ilha de Paquetá, como Adélia Lira, responsável pela página Cariocando em Paquetá. De acordo com ela, a região “voltou a entrar” na rota dos turistas que visitam ao Rio por ser o “bairro mais seguro” da Cidade Maravilhosa. “É um lugar de paz e isso atrai as pessoas”, defende.
“Filho da ilha”, como se descreve, Ademir Conceição de Morais cresceu na região. Ele é o responsável por pilotar a charrete motorizada, que é um dos atrativos dos bairros do Rio. Na avaliação dele, o local “não tem violência”. “Paquetá é essa tranquilidade que todo mundo vê. Nada diferente. Apesar de ser um bairro do Rio, não tem essa questão de violência”, disse.
“Aqui em Paquetá, a rua é o quintal de casa”, salienta Ademir.
Veja o vídeo da entrevista concedida pelo presidente do ICMBio:
Atuação ambiental de William
Vale destacar que o príncipe William fundou o Prêmio Earthshot, em 2020, com o objetivo de encontrar e condecorar iniciativas inovadoras para problemas ambientais urgentes. No terceiro e penúltimo dia da viagem do herdeiro do trono britânico pelo Brasil, nesta quarta-feira (5/11), será a cerimônia de premiação, no Museu do Amanhã, em que cinco projetos ganharão 1 milhão de libras esterlinas, o equivalente a R$ 7 milhões.
Conforme anúncio do Palácio de Kensington divulgado dias antes do príncipe desembarcar na nação verde-amarela, o Brasil é o “país biologicamente mais diverso do mundo e que desempenha um papel fundamental no cenário global para proteger e restaurar recursos naturais e ecossistemas preciosos, incluindo mais da metade da Floresta Amazônica.”
“É um país rico em pessoas inovadoras e comunidades indígenas que estão na vanguarda do desenvolvimento de soluções que combinam ciência, tecnologia e o poder do meio ambiente para reduzir as emissões, limpar o ar e garantir que os ecossistemas permaneçam saudáveis, fortes e diversos”, frisaram no comunicado. A turnê de William pelo Brasil termina nesta quinta-feira (6/11). Antes de voltar ao Reino Unido, ele irá ao Pará para representar o pai, o rei Charles III, na Cúpula de Líderes Mundiais da COP30.
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