A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impactará indiretamente a indicação do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, a uma vaga no STF.
A avaliação de integrantes do governo Lula é de que a prisão do ex-mandatário estressará ainda mais o ambiente político em Brasília, aumentando a pressão sobre Messias no Senado.
Lula na COP30
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Ex-presidente Jair Bolsonaro na prisão domiciliar, em Brasília
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Lula e Jorge Messias
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O PGR Paulo Gonet ofereceu denúncia contra Eduardo Bolsonaro
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Aliados de Messias preveem que a prisão de Bolsonaro será um dos temas dos questionamentos dos senadores ao indicado de Lula ao STF durante a sabatina e nas conversas prévias.
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Senadores enviaram alertas antes da prisão de Bolsonaro
Antes mesmo da prisão de Bolsonaro, senadores já tinha enviado uma série de alertas ao governo de que Messias não teria hoje votos suficientes para aprovar sua indicação no Senado.
Um desses alertas foi o placar apertado com o qual o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aprovou sua recondução entre os senadores, na quarta-feira (12/11).
Alvo da direita após denunciar Bolsonaro no inquérito do golpe, Gonet aprovou sua recondução por 45 votos a 26 — placar mais apertado da história de um PGR desde a redemocratização.
Oposição traça estratégia contra Messias
Além da prisão de Bolsonaro, a oposição pretende utilizar temas sensíveis ao governo Lula — como a farra do INSS — para tentar macular a imagem do indicado de Lula ao Supremo.
A estratégia será apontar que a AGU sabia dos problemas no INSS antes de eles estourarem e que, de certa forma, o órgão comandado por Messias teria “prevaricado” diante do esquema.
Hoje, a oposição já tenta usar esse argumento para convocar Messias a depor na CPMI do INSS no Congresso. A convocação conta com apoio do relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
