O Brasil tem um pilar de proteção social reconhecido internacionalmente: o Bolsa Família. Além da renda, o benefício abre outros caminhos, como o acesso a direitos e oportunidades, da alimentação à educação, da saúde à autonomia econômica.
Os resultados da iniciativa refletem, por exemplo, na saída do país do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), alcançando o menor índice de fome da história em 2024.
Além disso, quase um milhão de famílias deixou o programa por melhoria de renda apenas em julho de 2025.
Isso porque o programa integra ações que vão além do repasse de renda, conectando famílias a programas de capacitação, inclusão produtiva e geração de trabalho.
Entre os casos de famílias que deixaram o programa está Elizana Rodrigues, que morava de aluguel com a filha de 12 anos, e, durante um tempo, o Bolsa Família complementou a renda proveniente de faxinas informais.
O benefício, então, ajudava para pagar as despesas básicas da casa, como água e luz, e o material escolar da filha.
Contudo, quando enfim assinou a Carteira de Trabalho, a trabalhadora doméstica entrou para a Regra de Proteção do programa de transferência de renda e passou a atender os critérios exigidos pelo Minha Casa, Minha Vida.
Como elas, a cada ano, cresce o número de famílias que deixam o programa por melhoria de renda, o que reforça o papel do Bolsa Família como política de transição e não de permanência.
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Regra de Proteção
O programa é acompanhado da Regra de Proteção, que garante segurança e estabilidade para famílias que começam a melhorar de vida, evitando que o medo de perder o benefício impeça a formalização do trabalho.
De acordo com o ministro do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, quando a renda da família ultrapassa o limite de R$ 218 por pessoa, mas não passa de R$ 706, o benefício não é cortado imediatamente. “A família permanece por até 12 meses, recebendo 50% do valor do Bolsa Família”, reforça.
A Regra de Proteção do Bolsa Família é um instrumento de proteção criado em 2023 pelo Governo Federal para que os beneficiários que conseguem um emprego formal tenham estabilidade econômica nesse período de superação da pobreza.
Quem consegue um emprego continua protegido. O Bolsa Família acompanha a caminhada.
Wellington Dias, ministro do MDS
Vale reforçar que 80% das novas vagas formais de trabalho no 1º semestre de 2025 foram ocupadas por pessoas do CadÚnico, sendo 58% beneficiárias do Bolsa Família.
Famílias que já estavam na regra até junho de 2025 podem permanecer até 24 meses, com meio salário mínimo per capita como limite. Se a renda voltar a cair, a família retorna automaticamente ao valor integral do benefício.
A Regra assegura que, caso a família volte a enfrentar dificuldades, possa retornar ao programa em até três anos, sem precisar recomeçar do zero.
Atualização do CadÚnico
Para as famílias inscritas no programa Bolsa Família, é necessário atualizar o cadastro. Para isso, basta procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.
