O Psol protocolou, neste sábado (22/11), uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da União (PGR) contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por incitação ao crime.
A ação se deu depois do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocar uma vigília na frente do condomínio onde ele reside, em Brasília.
“Os fatos narrados nesta representação decorrem de manifestações públicas diretamente vinculadas à atuação política do parlamentar, voltadas à mobilização social em torno de decisão judicial emanada a Corte, razão pela qual a competência do STF se encontra configurada”, diz a ação do partido.
Leia também
-
Opositor é agredido e expulso de vigília a Bolsonaro: “700 mil covas”
-
Flávio diz que Bolsonaro pode ter tentado violar tornozeleira por “vergonha”
-
Apoiadores oram ao redor de “Bolsonaro de papelão” em vigília
-
Flávio pede que apoiadores evitem PF e vão a vigília por Bolsonaro
O notícia-crime cita o vídeo publicado pelo senador em sua página no X (antigo Twitter), por meio do qual convocada manifestantes para uma “vigília pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade no Brasil”.
“O que se verifica é que o teor da convocação indica notadamente tentativa de utilização de apoiadores do réu Jair Bolsonaro com a potencial finalidade de facilitação de fuga, bem como aglomeração e tumulto no local de cumprimento da medida cautelar, com potencial objetivo de obstruir ou dificultar a atuação da Polícia Federal e da Polícia Penal do Distrito Federal”, diz o documento.
A vigília
A reunião para oração em favor da saúde de Bolsonaro foi realizada em frente ao Condomínio Solar de Brasília, na capital federal, onde o ex-chefe do Executivo reside.
Durante a celebração, um pastor iniciou as orações orando pela vida do ex-presidente. Para simbolizar Bolsonaro, o grupo se reuniu ao redor de um boneco de papelão em tamanho real com a imagem do ex-presidente.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro fazem vigília próximo ao condomínio onde ele mora em Brasília
Giovana Alves/Metrópoles
Flávio Bolsonaro em oração pelo pai
Giovana Alves/Metrópoles
O senador eleito pelo PL caiu nas lágrimas durante uma oração
Giovana Alves/Metrópoles
A vigília acontece após a prisão preventiva do ex-chefe do Executivo
Giovana Alves/Metrópoles
Os filhos do ex-chefe do Executivo, senador Flávio Bolsonaro e vereador Carlos Bolsonaro, estiveram no local. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e o desembargador aposentado Sebastião Coelho também participaram.
A vigília terminou em uma confusão. Um opositor ao ex-presidente, identificado como Ismael, foi expulso a chutes e tapas depois de declarar que o pai de Flávio Bolsonaro abriu 700 mil covas durante a pandemia da Covid-19.
“Nós temos orado por justiça nesse país, nós temos orado para aqueles que abrem covas caiam nelas, não mortos, porque não é isso que a gente deseja. A gente deseja que sejam julgados e condenados pelo mal que fizeram, como o seu pai, que abriu 700 mil covas na pandemia”, disse o evangélico ao senador bolsonarista.
Veja o vídeo:
24 horas
Moraes determinou que a defesa de Bolsonaro se manifeste em 24 horas para explicar por que o ex-chefe do Palácio do Planalto tentou violar a tornozeleira eletrônica, que utilizava desde 18 de julho — poucos dias depois de ter tido a prisão domiciliar decretada pelo ministro.
Após a manifestação da defesa, Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) também se pronuncie no mesmo prazo.
