Entre as práticas sexuais consideradas extremas, há uma que ainda desperta surpresa, desconforto e até incredulidade: o fisting. Para quem nunca ouviu falar, o termo se refere à introdução do punho — e, em alguns casos, parte do antebraço — no ânus ou na vagina do parceiro. O nome vem do inglês fist, que significa “punho”.
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Embora seja uma prática existente há décadas em diferentes nichos da sexualidade, o fisting continua envolto em tabus e, sobretudo, em riscos quando realizado sem preparo. O sexólogo Vitor Mello explica que não se trata de uma prática para iniciantes.

“Para fazer fisting é preciso mais do que desejo. É necessário cuidado extremo, conhecimento do próprio corpo e total atenção aos sinais do parceiro”, enfatiza.
Segundo ele, a penetração intensa pode causar lesões musculares e lacerações tanto no canal vaginal quanto no anal. “Há risco de danos no esfíncter, o que pode resultar em afrouxamento e, em casos mais graves, até incontinência fecal.”
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Além do preparo físico, a higiene é ponto crucial. “A mão deve estar bem lavada, sem adornos e com as unhas bem curtas para evitar qualquer tipo de ferimento ou infecção no tecido epitelial”, alerta o especialista. O uso generoso de lubrificante e movimentos lentos fazem diferença não apenas para o prazer, mas também para a segurança.
Mello reforça que o fisting exige um nível elevado de confiança, comunicação e respeito aos limites. “Cada pessoa tem um limiar diferente de dor e desconforto. A prática só deve acontecer quando há consentimento claro e diálogo contínuo. Quando bem conduzida, pode ser uma experiência intensa; quando feita sem cuidado, pode gerar consequências sérias.”
