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    Quem era o jovem que teve a cabeça arrancada em megaoperação no Rio

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    O homem apontado como integrante do Comando Vermelho (CV), que foi decapitado e teve a cabeça pendurada em uma árvore durante a megaoperação deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, no último dia 28, era Yago Rodrigues Rosário (foto em destaque).

    Um vídeo que mostra a cabeça do jovem pendurada em uma árvore na mata da Serra da Misericórdia viralizou após a ação policial. Inicialmente, moradores das comunidades afirmavam que a decapitação teria sido cometida por policiais que participaram da operação.

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    Yago não possuía anotações criminais. No entanto, segundo a Polícia Civil, a inteligência identificou conteúdo relacionado ao Comando Vermelho em suas redes sociais. Quando foi morto, ele vestia uma farda camuflada — equipamento tipicamente usado por integrantes da facção criminosa.

    4 imagensSegundo o laudo, a cabeça foi arrancada com um facãoEle teve a cabeça arrancada e pendurada em uma árvoreEle não tinha passagensFechar modal.1 de 4

    Yago atuava na linha de frente do CV

    Material cedido ao Metrópoles2 de 4

    Segundo o laudo, a cabeça foi arrancada com um facão

    Reprodução/Redes sociais3 de 4

    Ele teve a cabeça arrancada e pendurada em uma árvore

    Reprodução/Redes sociais4 de 4

    Ele não tinha passagens

    Reprodução/Redes sociais

    O laudo

    Nesta quarta-feira (5/11), a coluna revelou, em primeira mão, o resultado do laudo pericial. O documento aponta que Yago foi atingido por um disparo efetuado de baixo para cima, que o acertou na parte inferior do abdômen, atravessando o corpo e saindo pelas costas. O tiro causou lesões no fígado, no pulmão direito e no estômago.

    O laudo indica que, quando a cabeça foi separada do corpo, o sangue ainda circulava. Fontes ouvidas pela coluna afirmaram que a decapitação ocorreu poucos minutos após o disparo — tempo médio para que uma pessoa com a altura de Yago, cerca de 1,67 metro, perca todo o sangue após ser atingida por um tiro de fuzil.

    A Polícia Civil acredita que a cabeça de Yago tenha sido arrancada por rivais da própria facção, numa tentativa de reforçar a narrativa de que os suspeitos mortos na operação foram vítimas de uma ação ilegal da polícia. Isso porque o confronto era intenso e, segundo as investigações, Yago atuava na linha de frente da facção, cercado de comparsas — o que tornaria improvável que um policial o alcançasse logo após o tiro.