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Rol de testemunhas: ninguém quer depor a favor da serial killer de SP

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Rol de testemunhas: ninguém quer depor a favor da serial killer de SP

Até o momento, não há registro no processo de nenhuma pessoa que tenha aceitado atuar como testemunha de defesa de Ana Paula Veloso Fernandes ou Roberta Cristina Veloso Fernandes. Fontes jurídicas que acompanham o processo afirmam que, apesar do advogado das acusadas ter sondado perfis próximos às mulheres, não houve voluntariado para depor favoravelmente.

Mesmo o ex-marido de Ana Paula Veloso Fernandes, como apurou a reportagem, recusou-se a fornecer qualquer depoimento em defesa ou a assinar compromisso de testemunhar a seu favor.

Segundo pessoas ligadas à investigação, esse silêncio voluntário ou desistência de depoimento pode agravar a situação das acusadas, já que o laudo da acusação se apoia fortemente em provas documentais, digitais e periciais. A ausência de testemunhas de defesa enfraquece eventuais estratégias de contestação do conjunto probatório.

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Ana Paula Veloso, apontada pela polícia com a serial killer de Guarulhos

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Vítimas envenenadas por Ana Paula Veloso, a serial killer de Guarulhos

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Roberta Veloso, irmã da serial killer de Guarulhos Ana Paula Veloso, também foi indiciada por 4 mortes

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Ana matou Neil por encomenda, no Rio de Janeiro

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Criminosa está presa desde setembro

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Na casa dela foi encontrado veneno

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Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela polícia como a serial killer de Guarulhos

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Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela polícia como a serial killer de Guarulhos

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Michele Paiva da Silva, suspeita de ter contratado a serial killer de Guarulhos para matar o próprio pai no Rio de Janeiro

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Uma da vítimas foi morta após encontro via app

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Acusada está envolvida em ao menos quatro mortes por envenenamento

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Ana Paula confessou ter matado colega de moradia à polícia

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Ana Paula Veloso, apontada pela polícia com a serial killer de Guarulhos

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Ana Paula Veloso, apontada pela polícia com a serial killer de Guarulhos

Reprodução

PF pede acesso ao caso

Conforme já publicado pelo Metrópoles, a fim de aprofundar os elos internacionais envolvidos no caso, o Polícia Federal, por meio do Núcleo de Cooperação Internacional (Interpol) em São Paulo, solicitou à Justiça estadual cópia da denúncia, da pronúncia e, se houver, da eventual sentença proferida contra Ana Paula Veloso Fernandes. Esse procedimento se deu diante da morte de uma das vítimas, o tunisiano Hayder Mhazres, e da necessidade de prestarem informações à Embaixada da República Tunisiana no Brasil.

Paralelamente, a Justiça de São Paulo acolheu a denúncia formulada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra ambas as irmãs, por quatro homicídios qualificados — com base no inquérito conduzido pelo 1º Distrito Policial de Guarulhos.

Atrás das grades

Conforme mostrado pelo Metrópoles Ana Paula Veloso Fernandes foi transferida para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, unidade conhecida  como “presídio dos famosos”. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou o encaminhamento, embora não tenha divulgado a data exata da transferência.

Roberta Cristina Veloso Fernandes, por sua vez, está custodiada em uma penitenciária feminina localizada na zona norte da capital paulista, na região de Santana.

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Vítimas e o modo de atuação

A investigação aponta que as mortes atribuídas às irmãs seguiram padrão definido, com a aproximação das vítimas por meio de amizade ou relacionamento via aplicativo, administração de toxinas — indicadas como semelhantes ao veneno de rato chamado “chumbinho” — em alimentos ou bebidas, e posterior vantagem econômica ou patrimonial.

As quatro vítimas são: Marcelo Hari Fonseca, encontrado morto em janeiro em Guarulhos; Maria Aparecida Rodrigues, morta em abril no mesmo município; Neil Corrêa da Silva, morto em 26 de abril em Duque de Caxias (RJ) após suposta feijoada envenenada, e Hayder Mhazres, morto em maio na capital paulista, depois de encontro via app, no qual Ana Paula Veloso Fernandes fingiu gravidez para obter confiança da vítima.

No processo, Roberta Cristina Veloso Fernandes aparece como “consultora” ou “operacional”,  definindo valores mínimos por homicídio aproximadamente R$ 4 mil, orientando pagamento em espécie, para evitar rastros financeiros, e bloqueio de comunicações digitais. Ana Paula, por sua vez, figuraria como executora principal do envenenamento.

“Ficha caiu”

O advogado Almir da Silva Sobral afirmou ao Metrópoles, quinta-feira (13/11), que realizou uma videoconferência com Ana, após a transferência dela. “Ela está assustada e, só de ver o semblante dela, percebi que a ‘ficha caiu’.”

Para o defensor, Ana “não tinha consciência do que fez” e reforçou que a cliente “não confessou” nenhum dos homicídios. “Ela somente disse como ocorreram.”

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