O Exército russo tomou o controle de duas cidades no sul da Ucrânia em uma operação conduzida neste domingo (16/11).
Segundo o Ministério da Defesa do governo de Vladimir Putin, unidades militares fizeram a “libertação” das cidades de Rivnepillia e Malaya Tokmachka, ambas na região de Zaporizhzhia.
“Rivnepillia tornou-se o quarto assentamento libertado pelo 114º Regimento de Fuzileiros Motorizados na última semana e o sexto assentamento na região de Zaporizhzhia a ser tomado por unidades da 127ª Divisão do 5º Exército do Grupo de Forças ‘Leste’ desde o início de novembro”, disse o governo russo em comunicado.
O avanço se dá em meio à estagação das negociações para um acordo de cessar-fogo para a guerra que já se estende por mais de três anos. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, decidiu se retirar das tratativas.
Em entrevista ao jornal The Times, o vice-ministro das Relações Exteriores ucraniano, Sergey Kislitsa, disse não haver “progresso significativo” nas tratativas e que Kiev decidiu “se retirar” das conversas para uma eventual ressolução diplomática para o conflito.
As declarações foram criticadas pelo governo russo. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as falas de Kislitsa mostram que “o lado ucraniano não está disposto a continuar qualquer tipo de contato ou negociação. Isso é lamentável” disse.
Peskov reiterou que Moscou segue aberta a um acordo político e diplomático, mas advertiu que a Ucrânia “terá que negociar mais cedo ou mais tarde” e que sua posição “se deteriorará dia após dia”. Segundo ele, a Rússia continuará lutando “para proteger sua própria segurança em benefício das gerações futuras”.