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Secretaria da Educação: mudança de gestores em escolas é reequilíbrio

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Secretaria da Educação: mudança de gestores em escolas é reequilíbrio

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) adotará, a partir de 2026, um novo modelo para o quadro de direção e coordenação pedagógica nas escolas estaduais de São Paulo.

Atualmente, o número de gestores é definido a partir do número de salas de aula em cada unidade, mas, a partir do ano que vem, será diretamente vinculado ao total de alunos atendidos.

Segundo a Secretaria de Educação (Seduc), é uma readequação com o objetivo de fazer as escolas maiores terem mais gestores e as menores, que tem sobra, tenham o número correto.

A troca deve impactar quase metade dos 5.300 colégios da rede. De acordo com a pasta, a medida integra um pacote de ajustes administrativos “a fim de garantir eficiência e foco na melhora dos índices de aprendizagem”.

“O pacote de ajustes é uma resposta da Secretaria a uma demanda das próprias escolas e unidades regionais de ensino que apontam complexidade na gestão em unidades com muitos estudantes e um corpo docente extenso. Identificamos que o melhor caminho é o de rebalancear a distribuição dos gestores escolares e apoio administrativo de uma forma mais equitativa e, assim, garantir uma equipe pedagógica proporcional ao tamanho e necessidades das escolas”, explicou Renato Feder, secretário da Educação de São Paulo, em nota.

No entanto, conforme apurado pelo Metrópoles, a mudança, que ainda não foi anunciada oficialmente, já gerou uma repercussão negativa entre dirigentes e docentes. “Há um temor entre os profissionais de educação, porque não foi discutido com a gente”, afirmou um diretor, que prefere não ser identificado. “O que a gente está avistando é totalmente o contrário do que a gente solicitou”, lamentou.

“É [uma troca de] seis por meia dúzia. Hoje, eu tenho quatro funcionários aqui, agentes de organização escolar. Na perspectiva do que o governo está colocando, vou perder um. Vou ficar com três. Então, eu ganho um vice, mas perco um coordenador, perco um funcionário”, completou.

Do total de escolas estaduais, 1.561 passarão por redução de funcionários, enquanto 1.288 terão aumento. Além disso, 2.127 ficarão sem alteração.

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Direção e coordenação pedagógica nas escolas estaduais

Haverá também uma mudança na função dos coordenadores de gestão pedagógica por área de conhecimento (CGPAC), atualmente restrita a docentes efetivos e voltada à supervisão das ações por área conforme o número de turmas. A partir de 2026, essa atribuição será transferida ao professor articulador por área de conhecimento (PAAC), com carga horária que passará a ser definida pelo número de profissionais, podendo chegar a seis em escolas maiores, e seleção aberta a qualquer professor com aulas atribuídas.

Divisão de colégios com mais de 1.200 alunos

Outra mudança prevista pelo governo de São Paulo para o próximo ano é a divisão das escolas estaduais com mais de 1.200 alunos em duas unidades. O projeto foi comunicado às equipes dos colégios há menos de um mês.

“As unidades, que aderiram ao projeto-piloto de forma voluntária, terão duas direções e equipes próprias de apoio. As selecionadas são de tempo parcial e atendem os anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A maioria está localizada na região metropolitana de São Paulo, mas há interesse em outras regiões do estado”, informou a Seduc.

A ideia, segundo a pasta, é facilitar o trabalho de gestão dos diretores, que terão um volume menor de alunos para acompanhar. O projeto ainda depende da publicação de um decreto do governador e deve começar de forma experimental, no próximo ano, com uma leva de escolas.

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