Senadores aliados de Jair Bolsonaro (PL) visitaram, nesta segunda-feira (17/11), o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para conhecer a estrutura do presídio que pode receber o ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A visita reuniu quatro parlamentares, sendo a maioria integrante da Comissão de Direitos Humanos do Senado: Damares Alves (Republicanos-DF), Márcio Bittar (PL-AC), Eduardo Girão (Novo-CE) e Izalci Lucas (PL-DF). Eles afirmam que o objetivo principal foi avaliar as condições de custódia, especialmente diante das preocupações com o estado de saúde de Bolsonaro.
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Em vídeo publicado no Instagram, Damares afirmou que a comitiva foi ao local para avaliar a logística de atendimento médico oferecida dentro e fora do complexo.
“A nossa maior preocupação é: Bolsonaro está muito doente. Qual é o tempo entre o complexo e o primeiro hospital? O tempo de deslocamento seria suficiente?”, declarou Damares.
A senadora também relatou ter visitado a ala destinada à população idosa, onde disse ter encontrado presos em situações delicadas de saúde e alimentação. Segundo ela, um relatório será encaminhado com as observações feitas no local.
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Papuda não seria adequada para Bolsonaro, diz senador
O senador Izalci Lucas defendeu que a Papuda não seria adequada para Bolsonaro. O parlamentar comparou a possível custódia do ex-presidente com a de outras autoridades, citando o general Walter Braga Netto, atualmente em um quartel no Rio de Janeiro, e o período em que Lula ficou em uma unidade da Polícia Federal, em Curitiba.
“Deveria estar em prisão domiciliar, em função do estado de saúde dele”, disse.
Apesar da visita, os senadores afirmam ainda aguardam autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ter acesso às celas que poderiam abrigar o ex-presidente. Segundo Damares, o grupo apenas conheceu as instalações gerais do complexo, sem visitar espaços específicos destinados à custódia.
