Bolsonaristas do Senado querem aproveitar o mau momento entre o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e o Palácio do Planalto para “vencer” a resistência do senador em votar a anistia aos presos pela trama golpista.
Antes, lembram caciques do PL, Alcolumbre era uma das principais barreiras à anistia. O presidente do Senado aceitava apenas discutir a “dosimetria” das penas, sem abrir espaço para um perdão dos crimes julgados pelo STF.
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Presidente do Senado, Davi Alcolumbre
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre
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Flávio Bolsonaro e Davi Alcolumbre
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Agora, a situação pode ter dado uma virada, creem bolsonaristas. Isso porque Alcolumbre está insatisfeito com Lula pela indicação de Jorge Messias ao STF. E nada irritaria mais o governo do que o perdão a Bolsonaro.
Como mostrou a coluna, Alcolumbre sequer tem conversado com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). E avisou aliados que não ajudará Messias a buscar os votos necessários para ser aprovado na Casa.
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Dessa forma, o momento é visto como uma “janela de oportunidade”: Alcolumbre por causa de Messias, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciando o fim das relações com o PT.
Motta, que também defende a votação de uma dosimetria, se irritou com a postura do líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), que atacou o presidente da Câmara no PL Antifacções.
Acerto pela anistia
Em reunião na segunda-feira (25/11), o PL decidiu que, após a prisão de Jair Bolsonaro, o partido retomará a pressão para que a anistia seja votada na Câmara, pressionando Hugo Motta.
Como mostrou a coluna, o presidente da Casa foi procurado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que cobraram o cumprimento do acordo de pautar a anistia.
Flávio e Marinho lembraram Motta que o acerto para que o PL apoiasse sua eleição ao comando da Casa Legislativa previa que a anistia fosse votada, sem que o deputado do Republicanos se comprometesse com a aprovação do texto.
