Após a coluna revelar que a Câmara gastou quase R$ 100 mil para que cinco deputados bolsonaristas viajassem para El Salvador, o vereador Pedro Rousseff, sobrinho de Dilma Rousseff, acionou a Procuradoria-Geral da República.
O vereador de Belo Horizonte fez uma representação ao PGR, Paulo Gonet, contra os cinco parlamentares que viajaram para o país da América Central, incluindo Nikolas Ferreira (PL-MG), alegando possível desvio de finalidade da viagem.
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Nikolas Ferreira visita presídio em El Salvador
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Vereador Pedro Rousseff
Daniel Ferreira / Metrópoles
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Nikolas Ferreira em fórum de segurança em El Salvador
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Rousseff alega que a visita, que inclui idas a um presídio e a “participação em um fórum político-ideológico”, deveria ter sido feita sem gastos públicos, por não envolver “atribuições funcionais típicas” do mandato.
“Viajar ao exterior às custas do erário para atividades político-ideológicas alheias ao mandato afronta não apenas a normativa interna da Câmara, mas o próprio regime constitucional da probidade, constituindo possível prática de ato doloso lesivo ao erário”, afirma Rousseff.
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Como mostrou a coluna, dados do Portal da Transparência da Câmara mostram que a viagem dos cinco deputados custou ao menos R$ 91,8 mil. Foram R$ 53 mil em diárias para os parlamentares e R$ 38,7 mil em passagens aéreas.
Além de Nikolas, viajaram para El Salvador os deputados Padovani (União-PR), Delegado Marcelo Freitas (União-MG), Coronel Assis (União-MT) e Delegado Fabio Costa (PP-AL).
Nikolas e Padovani tiveram as passagens mais caras. A do deputado mineiro custou R$ 14,7 mil. A do paranaense, R$ 10,9 mil. As demais passagens, todas de classe econômica, custaram por volta de R$ 4 mil.