A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) lançou recentemente uma plataforma para discutir e divulgar o desenvolvimento de projetos de economia circular na região que reúne nove estados e mais de 57 milhões de habitantes. O painel “Dados abertos e os desafios da economia circular”, apresentado durante o II Fórum Nordeste de Economia Circular, em outubro, já está disponível na página datanordeste.sudene.gov.br.
“Sua concepção teve por objetivo constituir uma ferramenta de governança e decisão estratégica para gestores públicos, que utilizam os dados para priorizar investimentos e criar legislações específicas”, destaca a instituição em nota.
“A aplicação subsidia ainda empresários e investidores, identificando oportunidades de mercado capazes de fomentar negócios sustentáveis, além da própria sociedade civil, através das bases de dados e detalhamento de ações relevantes da Sudene com os atores da cadeia circular”, complementa.
“Este painel, chamado de data story, mostra como a economia circular é um tema estratégico para o desenvolvimento regional, especialmente para as políticas estruturadas pela Sudene. O uso responsável dos dados abertos permite compreender as necessidades do território e orientar decisões que promovam mais cidadania”, afirma Ludmilla Calado, da coordenação-geral de Estudos e Pesquisas da superintendência, área responsável pela plataforma.
De acordo com a institução, o painel foi desenvolvido a partir de três medidas.
“A primeira delas é a inteligência territorial baseada em dados, em que, neste cenário, temos a plataforma Data Nordeste como principal solução para fontes de dados, mapeamento de iniciativas e oportunidades de circularidade, apoiando a tomada de decisão com base em análises especializadas”, detalha.
“Há ainda a articulação multissetorial, que consiste na integração entre governos, setor privado, academia e sociedade civil, fomentando ecossistemas colaborativos para a transição circular. Também atuamos com o fomento a projetos estruturantes, apoiando iniciativas com potencial de impacto regional, alinhadas aos objetivos da Estratégia Nacional de Economia Circular”, pondera.
A Sudene acredita que a iniciativa organizativa tem potencial de amplificar as ações de economia circular em toda a região, bem como abre as portas para o desenvolvimento de ferramentas semelhantes em outras áreas.
“E sua evolução, no âmbito da economia circular, inclui a ampliação da catalogação e integração de novas fontes de informação, incluindo bases setoriais, dados geoespaciais e indicadores de origem pública e privada”, explica a nota.