Um tornado deixou um rastro de destruição por cidades da região centro-sul do Paraná, nessa sexta-feira (7/11). Ao menos cinco pessoas morreram em Rio Bonito do Iguaçu (PR), e cerca de 80% da cidade ficou destruída.
O fenômeno que causou tanta destruição se chama supercélula, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O tornado causado pela tempestade teve classificação F3 na escala Fujita, com ventos que podem ter superado 250km/h em alguns pontos da cidade.
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Cenário de destruição em Bonito do Iguaçu
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Galhos e destroços ficaram espalhados
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Destruição
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Ônibus virou
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O tornado ocorreu durante o deslocamento de uma frente fria, que passou por todas as regiões paranaenses, com vários núcleos de tempestade.
“Uma dessas tempestades, classificada como supercélula, gerou um tornado sobre o município de Rio Bonito do Iguaçu, causando danos bastante severos sobre a cidade. Foram registrados tombamentos de veículos, quedas de árvores inteiras e inclusive de casas de alvenaria. A classificação do tornado foi baseada na análise dos danos e também nas imagens do radar meteorológico do Simepar”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
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A principal característica de uma supercélula é a presença de uma corrente de ar ascendente girando no interior da nuvem. Elas se formam quando o ar quente e úmido sobe e encontra ventos mais intensos quilômetros acima do solo. O processo culmina em ventos giratórios dentro da tempestade, conhecido como mesociclone.
A supercélula é um dos tipos mais raros de tempestade, mas é também um dos mais perigosos
De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS, da sigla em inglês), as supercélulas são o tipo mais raro de tempestade, mas são também as mais perigosas. Entre os efeitos causados pelo fenômeno estão ventos fortes, chuvas com granizo, enchentes, descargas elétricas e tornados.
“O que torna uma supercélula única em relação a todos os outros tipos de tempestade é que ela contém uma corrente ascendente rotativa profunda e persistente chamada mesociclone. Se o ambiente for favorável, as tempestades supercelulares podem durar várias horas”, diz comunicado da NWS.
As supercélulas são mais comuns na região central dos Estados Unidos, mas também há registros menos frequentes do fenômeno em todas as regiões do mundo. Na América do Sul, as tempestades costumam acontecer no centro-leste da Argentina, no Uruguai e nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
