Equipes de resgate nas Filipinas iniciaram nesta terça-feira (11/11) os trabalhos de limpeza e reconstrução após a passagem devastadora do tufão Fung-wong, que deixou ao menos 18 mortos e forçou a evacuação de 1,4 milhão de pessoas. Com ventos de até 230 km/h, o fenômeno atingiu o país no domingo à noite como um supertufão, provocando inundações, deslizamentos de terra e cortes de energia em dezenas de cidades.
Com o nível da água baixando em vilarejos inundados, os trabalhos de reconstrução enfrentam dificuldades devido a deslizamentos de terra e ao isolamento de diversas comunidades. Na província costeira de Isabela, uma cidade com cerca de 6 mil habitantes permanece completamente isolada.
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Partes da vizinha Nueva Vizcaya também estão inacessíveis. Segundo Alvin Ayson, porta-voz da Defesa Civil na região do Vale de Cagayan, os deslizamentos de terra impediram o acesso dos socorristas às áreas mais afetadas. Um menino de 10 anos morreu em um desses deslizamentos.
O número de vítimas foi atualizado por Rafaelito Alejandro, chefe da Defesa Civil nacional, que alertou que até mesmo os esforços iniciais de reconstrução devem levar semanas. “Nosso maior desafio agora é restaurar o acesso às áreas isoladas, liberar estradas e reativar redes de energia e comunicação”, afirmou.
Na ilha de Catanduanes, uma das mais atingidas, o abastecimento de água pode levar até 20 dias para ser restabelecido.
Taiwan se prepara
Fung-wong, que forçou a evacuação de cerca de 1,4 milhão de pessoas, perdeu força e foi reclassificado como tempestade tropical severa. A tempestade segue agora em direção a Taiwan, onde escolas e repartições públicas foram fechadas em diversos distritos. O fenômeno fortalece a monção de nordeste, elevando o risco de precipitações extremas que podem atingir 400 milímetros em apenas 24 horas.
O presidente taiwanês Lai Ching-te pediu que a população evite áreas de risco como praias e regiões montanhosas.
A passagem de Fung-wong ocorre poucos dias após o tufão Kalmaegi ter devastado o centro das Filipinas, deixando pelo menos 232 mortos, segundo os últimos números oficiais. A sequência de fenômenos extremos reacende o alerta sobre o impacto das mudanças climáticas na intensificação dos ciclones tropicais no sudeste asiático.
Fung-wong se formou no início de novembro e atingiu as Filipinas com ventos de até 230 km/h, cobrindo quase todo o território nacional. Com cerca de 1.800 km de diâmetro, foi um dos maiores tufões registrados no país nos últimos anos.
A tempestade causou inundações em larga escala, destruiu centenas de casas e deixou milhares de pessoas em abrigos improvisados. Especialistas alertam que a frequência e a intensidade desses eventos têm aumentado, exigindo maior preparo das autoridades locais e internacionais para lidar com desastres climáticos.
