A Tailândia suspendeu o acordo de cessar-fogo com o Camboja, mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após um incidente envolvendo uma mina terrestre. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (11/11) pelo Exército Real Tailandês.
Em um comunicado, o comandante chefe do exército da Tailândia afirmou que um soldado do país ficou ferido após pisar em uma mina terrestre na fronteira com o Camboja. O que, para autoridades do país, foi classificado como uma hostilidade.
“A verdade ficou clara: a atitude hostil [do Camboja] permanece”, disse o general Pana Klaewplodthuk. “O Exército Real Tailandês deve rescindir todos os acordos para preservar o direito de se defender contra tratamento injusto”.
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O Ministério da Defesa do Camboja, por sua vez, negou a acusação. Em nota, o órgão afirmou que o país “não utilizou nem instalou novas minas terrestres” na região, e sinalizou que as armas podem ser resquícios de conflitos anteriores na fronteira.
Conflito recente
A tensão histórica entre Tailândia e Camboja voltou a explodir em julho deste ano. Na época, os dois países entraram em confronto na região fronteiriça que divide os dois territórios, após acusações mútuas de disparos na região.
A estimativa é de que 43 pessoas tenham morrido, e outras 300 mil deslocadas de suas casas durante a guerra.
Depois de pressões econômicas de Trump, Tailândia e Camboja chegaram a um cessar-fogo instável no fim de julho. Em outubro deste ano, os dois países assinaram um acordo de paz definitivo.
