O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta quinta-feira (13/11), na capital paulista, a expansão da oferta de ensino técnico para mais 399 escolas regulares a partir de 2026, último ano de sua gestão.
Com a nova meta, o número de escolas que vão oferecer o ensino profissionalizante no estado vai passar de 1.813 para 2.212 unidades. Durante o evento, Tarcísio disse que os números mostram que o governo está “na direção certa”.
“A gente está dando uma coisa pra vocês que é fundamental: ferramenta. O mercado é cada vez mais exigente, mais seletivo e menos desapegado dos diplomas. Diploma cada vez tem menos relevância, a competência tem cada vez mais relevância. O mercado está cada vez mais interessado em saber o seguinte: quais são as suas habilidades e menos interessado em onde você se formou”, disse Tarcísio.
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Segundo a Secretaria da Educação, a meta da expansão do ensino técnico é atingir 230 mil alunos matriculados na modalidade em 2026, um aumento de 85,48% em relação às 124 mil matrículas no modelo atualmente.
No início da gestão, o secretário da Educação, Renato Feder, tinha afirmado que a meta era chegar ao último ano do atual governo com metade dos mais de um milhão de estudantes de ensino médio matriculados no técnico.
“Essa meta não era para os primeiros anos de gestão. Era uma meta a longo prazo, porque mesmo quando você olha para a Europa, é difícil subir dos 50%. Então, eu vejo que em alguns anos, São Paulo vai chegar a 50%”, justificou Feder.
Hoje, os alunos de escolas estaduais têm acesso ao ensino técnico dentro da rede por meio de dois formatos: tendo aulas com professores da própria Secretaria da Educação e de Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) dentro das escolas onde já cursam o ensino médio; ou fazendo aulas técnicas com professores do Senai e do Senac, nas unidades das instituições.
A Secretaria da Educação oferece nove cursos dentro das escolas estaduais, em áreas como administração, desenvolvimento de sistemas e vendas. Segundo a pasta, a partir do próximo ano serão adicionadas à lista as formações em meio ambiente e eletrônica. A distribuição de cursos é diferente para cada escola.
Os estudantes matriculados em unidades parceiras do Senai e do Sesc têm uma variedade maior de cursos técnicos, mas a parceria com o Sistema S representa apenas cerca de 15% das vagas.
A secretaria afirma que, somando os estudantes do ensino médio técnico na rede com aqueles já matriculados nas Escolas Técnicas (Etecs), do Centro Paula Souza, o estado terá 321 mil jovens na educação profissional, o que equivaleria a 40% dos alunos da 2º e 3º ano da última etapa da educação básica.
