Após protesto de policiais civis, militares e penais contra a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Guilherme Derrite (PP) na semana passada, o governador, o secretário de Segurança Pública e Marcello Streifinger, titular da Administração Penitenciária, se reuniram nessa segunda-feira (24/11) com representantes das categorias. Na reunião, Tarcísio prometeu apresentar, em até uma semana, o texto da nova Lei Orgânica da Polícia Civil e um novo plano de carreira para a PM.
No entanto, sobre reajuste salarial, pauta comum a todas as categorias, Tarcísio teria dito apenas que o governo está “estudando” aplicar um reajuste linear no ano que vem.
“O governador fez uma longa explanação a respeito da responsabilidade fiscal, e o que nós temos de resultado neste momento é que a minuta da Lei Orgânica da Polícia Civil será apresentada para as entidades de classe do fórum Resiste Polícia Civil até a próxima semana”, disse André dos Santos Pereira, representante da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), que lidera o movimento.
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No caso da correção dos índices do reajuste concedido em 2023, cobrada pelos policiais militares, o governador teria dito que é impossível, em função da necessidade de respeitar as diretrizes orçamentárias.
“Uma notícia triste eu tenho que dar. Foi falado na questão da reconsideração do reajuste de 2023, uma correção dos índices que ficaram perdidos, que tiveram índice menor. Infelizmente, isso não vai ocorrer. Esse prejuízo que ficou para trás vai ficar para trás, e o negócio é daqui para a frente”, disse o veterano Aurélio Gimenes, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar de São Paulo (Aspraças).
“Muitos esperavam que o governador reconsiderasse, mas ele falou que não tem como por causa do orçamento. Então não tem como. No caso dos policiais militares, o governador se comprometeu que não vai mexer na Previdência. Temos um plano de carreira da PM em andamento. E teremos uma reunião no Comando Geral, com as entidades de classe, para conhecer esse plano de carreira. Segundo o que foi dito lá, é um plano que vai valorizar muito os praças”, acrescentou.
Protesto
Em 18 de novembro, 23 entidades ligadas às polícias Civil, Militar e Penal se reuniram em frente ao Largo São Francisco, no centro de São Paulo, para protestar contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), e cobrar melhores condições de trabalho para as categorias.
O grupo, coordenado pelo fórum Resiste-PC, acusava a atual gestão de descumprir promessas feitas durante a campanha e o governo.
Horas antes do evento, representantes das entidades se reuniram com o então secretário da Segurança em exercício, Osvaldo Nico Gonçalves, e autoridades das policiais. Na ocasião, foi combinado o encontro com Tarcísio.
A promessa era que líderes de todas as entidades participassem. No entanto, apenas três foram recebidos pelo governador.
