Você já sentiu aquele tesão diferente quando alguém dá uma mordidinha? Saiba que esse hábito, feito com cuidado e consentimento, faz parte do universo dos fetiches sexuais e tem nome: odaxelagnia, também conhecido como fetiche de mordida.
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Não é difícil encontrar exemplos do fetiche por mordidas em produções de TV e cinema. Basta ver Crepúsculo e Buffy, a Caça-Vampiros, por exemplo. Vampiros e lobisomens são frequentemente retratados como seres sensuais.
O fetiche acontece quando uma pessoa se sente atraída e excitada por algo bem específico
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A fantasia, por sua vez, é algo mais voltado a um desejo ou imaginação que você pode ou não querer colocar em prática
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Elas servem como um meio de explorar desejos e estimular a excitação sexual, sem necessariamente serem essenciais para a satisfação sexual
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o fetiche sexual é caracterizado pela obtenção de excitação e prazer por meio de um objeto específico, parte do corpo ou situação particular
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Para que um comportamento seja considerado fetichista, a presença do objeto ou contexto fetichizado é frequentemente necessária para que a pessoa alcance satisfação sexual
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A sexóloga Laís Conter explica que a odaxelagnia é o nome técnico para o prazer em morder ou ser mordido durante o vuco-vuco. Pode ser uma mordidinha leve no pescoço ou algo mais intenso, dependendo dos limites e do contexto de quem está envolvido.
“A pele é o maior órgão do corpo, cheia de terminações nervosas e, para muita gente, a prática pode ser extremamente prazerosa e excitante. É algo comum, instintivo e perfeitamente normal”, reforça.
Faz parte do BDSM
Fãs de BDSM alegam que sensações leves de dor e prazer são parceiros. A dor de uma mordida pode evocar excitação devido à liberação de endorfina, bem como a adrenalina de ceder àquele impulso primitivo de morder ou ser mordido.
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Laís destaca ainda que a odaxelagnia pode estar presente dentro do BDSM, especialmente em práticas que envolvem dor controlada, mas não faz parte obrigatoriamente desse universo.
“Muita gente que nunca participou de uma cena BDSM também curte morder ou ser mordida. Na maioria das vezes, é uma reação natural durante o sexo, ligada ao desejo, à entrega e à intensidade do momento”, emenda.
Dicas de segurança
Não só uma dica, e sim uma regra: a sexóloga destaca que, antes de morder alguém, é importante ter consentimento. “Antes de tudo, conversem e combinem limites. Evite regiões com pele muito fina ou veias aparentes, mantenha a boca e os dentes limpos, higiene também é saúde sexual.”
Além disso, se for deixar marca, combine se a pessoa quer (e pode) sair com ela por aí, porque mordidas costumam deixar hematomas. “E falando em hematomas, cuidado com a força e a intensidade: mordidas fortes podem causar lacerações, lesões na pele e até risco de infecção.”
É uma parafilia?
Odaxelagnia, como a maioria dos fetiches, é considerada uma variação natural do desejo humano. Apesar disso, Laís defende que no passado, qualquer prática sexual fora do padrão heterossexual e reprodutivo era rotulada como parafilia, incluindo o prazer em morder ou ser mordido.
“Hoje, ela não aparece nas classificações. Vale diferenciar: parafilia não é o mesmo que transtorno parafílico. Parafilia é só um interesse sexual fora do ‘convencional’, não é problema algum”, emenda. “Já o transtorno parafílico acontece quando a prática causa sofrimento, prejuízo ou envolve alguém sem consentimento.”
Ou seja: se a pessoa curte morder ou ser mordida de forma consensual e segura, isso não é um transtorno. É só uma forma natural, legítima e saudável de sentir prazer.
