O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como “ato de terror” o tiroteio que deixou dois integrantes da Guarda Nacional gravemente feridos, na tarde dessa quarta-feira (26/11), a poucos quarteirões da Casa Branca. Em uma coletiva de imprensa realizada no fim do dia, ele afirmou que o suspeito preso é um homem do Afeganistão e responsabilizou diretamente o ex-presidente Joe Biden pela presença do atirador no país. Assista:
“Esse ataque hediondo foi um ato de maldade, um ato de ódio e um ato de terror (…) Posso informar que, com base nas melhores informações disponíveis, que o suspeito sob custódia é um estrangeiro que entrou em nosso país vindo do Afeganistão, um inferno na Terra. Ele foi trazido pelo governo Biden em setembro de 2021. Seu status foi estendido sob uma legislação assinada pelo presidente Biden – um presidente desastroso, o pior da história do nosso país”, disse.
Ainda durante o pronunciamento, Trump afirmou que o incidente foi “um crime contra toda a nação” e prestou solidariedade aos militares da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental. “O coração de todos os americanos nesta noite está com esses dois membros da Guarda Nacional e suas famílias”, declarou, ao afirmar que o país está “em oração” pelos feridos.
“Não vamos tolerar esse tipo de ataque contra a lei e a ordem por pessoas que nem sequer deveriam estar em nosso país. Agora, precisamos reexaminar cada estrangeiro que entrou nos Estados Unidos vindo do Afeganistão durante o governo Biden, e devemos tomar todas as medidas necessárias para garantir a expulsão de qualquer estrangeiro de qualquer país que não pertença aqui ou que não traga benefício ao nosso país. Se não conseguem amar nosso país, não os queremos aqui”, declarou.
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Local foi isolado para trabalho da polícia
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Entre os feridos, estão dois agentes da Guarda Nacional
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Tiroteio ocorreu a duas quadras da Casa Branca
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Tiroteio
O ataque ocorreu em uma área turística movimentada, próxima à estação Farragut West. De acordo com autoridades locais, o homem teria surgido de uma esquina, empunhado uma arma e disparado diretamente contra os militares.

Ele também foi baleado e está sob custódia. Fontes consultadas pelo jornal The New York Times identificaram o suspeito como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, que teria agido sozinho.
O ataque acontece em meio ao reforço da presença da Guarda Nacional em Washington D.C. Desde agosto, mais de 2 mil militares de vários estados foram mobilizados pelo governo federal para participar de uma operação de segurança contra o crime na capital.
Mais cedo, o governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, chegou a anunciar que os dois militares haviam morrido, mas corrigiu a informação pouco depois, ao relatar “dados conflitantes”. Ainda não há atualização oficial sobre o estado de saúde das vítimas.
O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nessa quarta-feira que Trump determinou o envio de mais 500 integrantes da Guarda Nacional para Washington, D.C.
A investigação do caso envolve forças estaduais e o Federal Bureau of Investigation (FBI), que auxilia na apuração das circunstâncias do ataque.