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    Traficante do CV que mandava drogas a servidor público no MT é preso

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    Um traficante de drogas sintéticas, identificado como Antonio Ney da Silva Batista (foto em destaque), considerado foragido da Operação Vertigem, deflagrada nesta semana pela Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT), foi preso nessa quinta-feira (27/11), no Rio de Janeiro (RJ), com grandes quantidades de drogas.

     

    Segundo a PCMT, o suspeito estava com o mandado de prisão decretado pelo crime de tráfico de drogas, com base em investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc). Ele integra o Comando Vermelho (CV).

    Ele foi identificado como um dos traficantes que fornecia drogas para o principal alvo da operação, um servidor público do Poder Judiciário.

    Esquema de tráfico

    Segundo as investigações, o servidor público de Mato Grosso teria conhecido o traficante carioca durante uma viagem ao Rio de Janeiro, quando passou a fazer as aquisições de drogas com ele.

    A prisão do criminoso ocorreu após a troca de informações entre as Polícias Civis de Mato Grosso e do Rio de Janeiro.

    Durante buscas na residência do suspeito, localizada em São Cristóvão, os policiais apreenderam celulares, porções de entorpecentes, como maconha, cocaína, haxixe e drogas sintéticas como MDA, MDMA e metanfetamina.

    Também foram encontrados no local, 117 caixas de medicamentos anestésicos, balança de precisão, máquina de cigarros, e diversas embalagens plásticas para armazenamento e divisão das drogas.

    Após a prisão, o traficante foi conduzido à Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

    Traficante do CV que mandava drogas a servidor público no MT é preso - destaque galeria2 imagensSegundo as investigações, o servidor público de Mato Grosso teria conhecido o traficante carioca durante uma viagem ao Rio de Janeiro, quando passou a fazer as aquisições de drogas com eleFechar modal.MetrópolesA prisão do criminoso ocorreu após a troca de informações entre as Polícias Civis de Mato Grosso e do Rio de Janeiro1 de 2

    A prisão do criminoso ocorreu após a troca de informações entre as Polícias Civis de Mato Grosso e do Rio de Janeiro

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    Segundo as investigações, o servidor público de Mato Grosso teria conhecido o traficante carioca durante uma viagem ao Rio de Janeiro, quando passou a fazer as aquisições de drogas com ele

    Confira o balanço da apreensão:

    • 488 gramas de cocaína
    • Três embalagens contendo pó branco
    • 6.6 gramas de maconha
    • Embalagem contendo erva seca
    • 68.4 gramas de haxixe
    • 45 embalagens contendo material de cor preta
    • 1141 gramas de MDA
    • 14 embalagens contendo comprimidos coloridos Situação
    • 326 Gramas de MDMA (ecstasy)
    • Quatro embalagens contendo material assemelhado a crack
    • 1.9 gramas de metanfetamina
    • Duas garrafas contendo líquido
    • 12 gramas de cetamina
    • Três embalagens contendo pó colorido
    • 600 mililitros de cloreto de metileno
    • Uma embalagem contendo tablete de pó branco

    Outros:

    •  117 caixas de cetamin, sendo que cinco caixas foram enviadas para perícia como amostra.
    • Uma máquina de cigarros
    • Uma balança de precisão.
    • Várias embalagens plásticas para acondicionamento
    • Dois celulares

    O servidor do tráfico

    O servidor público do Judiciário é apontado como responsável por vender loló, ecstasy, MDMA, LSD e por organizar rateios de entorpecentes entre clientes selecionados. Ele havia sido identificado ainda em 2023, durante o cumprimento de mandados da Operação Doce Amargo.

    Na ocasião, policiais encontraram eletrônicos e documentos que revelavam sua ligação direta com o tráfico. A partir dali, a investigação avançou para mapear a rede de fornecimento que sustentava o esquema.

    Foi descoberto que ele mantinha contato frequente com um traficante de Cuiabá, considerado o principal fornecedor do grupo, que hoje está no Paraguai.

    De lá, ele enviava as drogas sintéticas diretamente para 0 MT, abastecendo festas privadas e compradores de alto padrão.

    A apuração mostrou que o servidor não apenas revendia as substâncias, mas também atuava como articulador: organizava grupos de compra coletiva para dividir grandes carregamentos de drogas, aumentando seus lucros e ampliando a rede de consumidores.

    Operação Vertigem

    A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), nesta quarta-feira (25), para cumprimento de 17 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão, com alvo em um grupo criminoso envolvido com o tráfico de drogas sintéticas em Cuiabá.

    As investigações, conduzidas pela Denarc, iniciaram no ano de 2023, após cumprimento de ordens judiciais da Operação Doce Amargo.

    Entre os alvos estão um assessor do Poder Judiciário, atuava como principal membro de grupos de rateio para aquisição de entorpecentes entre grupos de pessoas de alto poder aquisitivo, inclusive obtendo lucro com sua atuação.