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    Tratamento potencial dribla resistência em câncer infantil agressivo

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    Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Garvan de Pesquisa Médica, na Austrália, aponta uma possível forma de tornar o tratamento do neuroblastoma mais eficaz em casos de recaída.

    Esse tipo de câncer infantil é raro, agressivo e apresenta um dos piores prognósticos entre tumores pediátricos. Quando há recidiva, nove em cada 10 crianças não sobrevivem, cenário que torna urgente a busca por novas estratégias terapêuticas.

    Os cientistas identificaram uma combinação de medicamentos capaz de atingir células tumorais que desenvolveram resistência à quimioterapia padrão.

    Os resultados foram obtidos em modelos animais e publicados na revista Science Advances na última sexta-feira (28/11), indicando que um fármaco já aprovado para outros tipos de câncer pode ativar vias alternativas de morte celular, mesmo quando os mecanismos mais comuns deixam de funcionar.

    Como o tumor se torna resistente

    O neuroblastoma nasce de células nervosas presentes nas glândulas suprarrenais ou ao longo da coluna, e costuma ser diagnosticado em crianças muito pequenas.

    Enquanto os casos de baixo risco têm ótimas chances de cura, metade dos pacientes recebe o diagnóstico já em estágio avançado. Uma parcela não responde aos tratamentos iniciais e muitos dos que respondem enfrentam a volta do tumor.

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    Para entender o motivo dessa resistência, os pesquisadores compararam amostras de tumor coletadas no diagnóstico e no momento da recidiva.

    Eles observaram que muitos quimioterápicos dependem de um mesmo mecanismo celular para induzir a morte das células doentes. Esse mecanismo, conhecido como via JNK, falha em tumores reincidentes, o que reduz drasticamente a eficácia do tratamento.

    Com o achado, a equipe buscou medicamentos que agissem por caminhos diferentes, capazes de matar as células cancerígenas mesmo quando a via habitual está bloqueada.

    Tratamento potencial dribla resistência em câncer infantil agressivo - destaque galeria9 imagensPor isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doençaA perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômagoA tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmãoOutro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retidoFechar modal.MetrópolesSegundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação1 de 9

    Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação

    boonchai wedmakawandPor isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença2 de 9

    Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença

    Phynart Studio/ Getty ImagesA perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.3 de 9

    A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.

    Flashpop/ Getty ImagesMudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago4 de 9

    Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago

    FG Trade/ Getty ImagesA tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão5 de 9

    A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão

    South_agency/ Getty ImagesOutro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido6 de 9

    Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

    Peter Dazeley/ Getty ImagesA presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados7 de 9

    A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados

    RealPeopleGroup/ Getty ImagesDores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos 8 de 9

    Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos

    ljubaphoto/ Getty ImagesAzia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago9 de 9

    Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago

    DjelicS/ Getty Images

    A combinação que mostrou potencial

    Os cientistas analisaram uma lista de medicamentos já aprovados com dados de segurança pediátrica. Entre eles, a romidepsina se destacou por agir contra células de neuroblastoma independentemente da via JNK. Em colaboração com o Instituto de Câncer Infantil, eles testaram a associação entre esse fármaco e a quimioterapia convencional em modelos animais.

    A combinação reduziu o crescimento dos tumores e aumentou o tempo de sobrevida dos animais em comparação ao tratamento isolado. Também permitiu o uso de doses menores de quimioterapia sem perda de eficácia, o que abre a possibilidade de reduzir efeitos colaterais, um fator essencial em pacientes pequenos.

    Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores afirmam que ainda é preciso aprofundar os estudos. O próximo passo envolve ajustar esquemas de administração e testar a segurança da combinação antes de considerar estudos clínicos.

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