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    Trump diz que pagará US$ 2 mil a americanos com dinheiro de tarifaços

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    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (9/11) que vai pagar US$ 2 mil para os cidadãos norte-americanos, com exceção aos de alta renda, com o dinheiro obtido a partir da taxação de produtos importados estrangeiros. A quantia equivale, hoje, a cerca de R$ 10,7 mil, na cotação direta.

    A declaração foi feita em publicação na rede Truth Social. Trump argumenta que os tarifaços impostos a países como Brasil, China, México e Canadá estão fazendo com que os EUA arrecade trilhões de dólares.

    “Estamos arrecadando trilhões de dólares e em breve começaremos a pagar nossa enorme dívida de 37 trilhões de dólares. Investimentos recordes nos EUA, fábricas e usinas sendo construídas por todo o país. Um dividendo de pelo menos 2.000 dólares por pessoa (sem incluir pessoas de alta renda!) será pago a todos”, disse.

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    Na postagem, o republicano chamou de “tolas” as pessoas que são contra as tarifas.

    “Quem é contra tarifas alfandegárias é tolo! Agora somos o país mais rico e respeitado do mundo, com inflação quase nula e um mercado de ações com preços recordes”, afirmou Trump.

    O presidente dos EUA não deu detalhes de como a distribuição dos dividendos será feita, e nem quem está apto para receber o valor.

    Paralisação mais longo da história

    O shutdown do governo dos Estados Unidos entrou, neste domingo, no 40º dia consecutivo. O impasse entre o presidente Donald Trump e o Congresso afeta milhões de cidadãos, paralisa programas federais e ameaça o ritmo da economia da maior potência do mundo. Essa é a paralisação governamental mais longa da história do país.

    A paralisação começou em 1º de outubro, após o Congresso falhar em aprovar o orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes de pessoal em diversas agências do governo.

    Em 10 de outubro, Trump declarou pretender “demitir muitos” servidores que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata.

    Mesmo após uma decisão judicial suspender novas demissões, o governo manteve o plano de enxugamento e indicou que os desligamentos poderiam chegar a 10 mil funcionários caso o impasse persistisse.

    Com a paralisação, mais de 1 milhão de servidores federais continuam sem receber. Parte deles é obrigada a comparecer ao trabalho, enquanto outros foram colocados em licença não remunerada, sem qualquer previsão de retorno.