O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (25/11), em publicação na rede Truth Social, que só participará de uma reunião com Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin quando o acordo para encerrar a guerra na Ucrânia estiver “definitivo ou em seus estágios finais”.
“Espero poder me encontrar em breve com o presidente Zelensky e o presidente Putin, mas somente quando o acordo estiver definitivo. Desejo que a paz seja alcançada o mais breve possível”, escreveu.
Trump afirmou ainda que sua equipe fez “progressos extraordinários” rumo ao fim do conflito e que o plano original de paz — com 28 pontos elaborado por Washington — foi aprimorado após contribuições de Moscou e Kiev. Segundo ele, restam “apenas alguns pontos de discordância” entre as delegações.
O republicano disse ter instruído o enviado especial Steve Witkoff a se reunir com Putin em Moscou, enquanto o secretário do Exército, Dan Driscoll, conduz conversas com autoridades ucranianas.
Trump informou ainda que acompanhará os avanços ao lado do vice-presidente JD Vance, do secretário de Estado Marco Rubio, do secretário da Guerra Pete Hegseth e da chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles.
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Detalhes ainda exigem negociação, diz Casa Branca
A Casa Branca afirmou que, apesar dos avanços, ainda há “detalhes delicados, mas não intransponíveis” a serem resolvidos. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, destacou mais cedo, que novas conversas entre Estados Unidos, Ucrânia e Rússia serão necessárias para consolidar o acordo.
As declarações seguem a mesma linha da manifestação do secretário de Estado, Marco Rubio, no domingo (23/11), em Genebra. Ele afirmou que os pontos pendentes “não são insuperáveis”, mas exigem mais tempo para amadurecer.
Donald Trump
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Trump e Zelensky
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Putin e Trump no Alasca em agosto de 2025
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Encontro entre Trump e Putin teve várias pautas
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Conversas em Abu Dhabi e Genebra
As negociações avançam em múltiplas frentes. Autoridades americanas e russas participam de encontros em Abu Dhabi, liderados pelo secretário Dan Driscoll. As reuniões começaram na noite de segunda-feira (24/11) e continuam nesta terça-feira.
O encontro ocorre dois dias após Driscoll e Rubio se reunirem com diplomatas ucranianos em Genebra, onde foram debatidos os termos essenciais da proposta dos EUA. Paralelamente, é esperada a visita do presidente Zelensky a Washington ainda esta semana para discutir os pontos mais sensíveis do plano.
Durante as reuniões em Abu Dhabi, Driscoll afirmou que a Ucrânia já teria concordado com o acordo, restando “apenas detalhes menores”. A declaração, porém, vai além do que Kiev admite publicamente.
O secretário de segurança nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, disse que as delegações chegaram a “um entendimento comum sobre os termos principais”, mas ressaltou que novas etapas ainda precisam ser cumpridas e que o país conta com apoio europeu para consolidar a posição ucraniana nas fases finais.
