Uma tutora de New Jersey, Estados Unidos, dedicou o Dia dos Mortos para o seu cão Yogi, que faleceu em 2022. Sandra Manay construiu um altar para homenagear o pet que já partiu, mas o que ela não esperava é que sua atitude comoveria a vizinhança e viralizaria nas redes sociais.
Leia também
-
Gatos sofrem luto por outros pets? Estudos recentes apontam que sim
-
Animais sentem luto por filhotes? Ciência investiga
-
Luto canino: entenda como os cães lidam com o sentimento da perda
-
Mãe se emociona com reação do filho após morte de pet: “Luto”
Clique aqui para seguir o canal do Metrópoles Vida&Estilo no WhatsApp
“Na verdade, estávamos planejando nos mudar para esta casa com ele, mas ele faleceu apenas uma semana antes da assinatura do contrato”, contou Sandra a revista People. A mulher também comentou que desde o acontecimento, todos os anos a família constrói um altar para o pet.
O altar, também conhecido como oferenda, é a forma que algumas pessoas usam para honrar e acolher os espíritos de entes queridos que já morreram. Essa é uma prática que surgiu a partir de rituais pré-hispânicos do México, como os dos astecas e maias. No país, o Día de los Muertos é fortemente celebrado.
A homenagem
Neste ano, a tutora de Yogi decidiu que a homenagem não seria apenas dentro de casa. “Queríamos criar algo ao ar livre e compartilhar com a comunidade. O Dia dos Mortos pareceu a maneira certa de homenageá-lo e trazer seu espírito para este espaço”, explicou.

Tom Konik, marido de Sandra, também participou de tudo. Os dois construíram a estrutura, forraram com feltro e decoraram com fotos emolduradas, miniaturas de cachorros, castiçais e vasos. O intuito era que os vizinhos pudessem colocar fotos de seus pets que já partiram também.
O casal acrescentou ainda uma estátua de um galgo italiano bem no meio do altar, que era a representação de todos os cães que já se foram. O que começou apenas como uma homenagem simbólica, acabou se transformando em algo ainda maior.
A vizinhança do casal realmente aderiu a ideia e passou a colocar fotos de seus animais de estimação. Rapidamente, o altar se encheu de mais decorações e virou uma exposição comunitária cheia de fofura, lembranças e memórias.
“Alguns vizinhos até trouxeram flores, petiscos e brinquedos para os cachorros. Esses gestos simples tornaram tudo ainda mais especial e vibrante”, comentou.
Sandra afirmou que toda essa comoção e participação foi muito especial. Para ela, esta foi uma forma de se conectar com outras pessoas que também amaram e perderam animais de estimação. “Tornou-se algo mais do que apenas para nós”, acrescenta.
Chegou em outros lugares
O casal que já estava surpreso com a situação, acabou ficando ainda mais. Uma criadora de conteúdo do TikTok, Sandra Duran, se deparou com o altar e decidiu postar na plataforma. “Como mexicana e mãe de cachorro, isso me destruiu. Uma das oferendas e altares mais lindos que já vi”, escreveu a mulher na legenda do post.

Como esperado, o vídeo da criadora viralizou e, atualmente, conta com mais de 3 milhões de visualizações e quase 750 mil curtidas. Diversas pessoas começaram a interagir com o conteúdo nos comentários e compartilhar fotos de seus próprios altares para os pets falecidos.
Um internauta comentou: “Minha primeira oferenda para meu falecido cachorro e ouriço. Em meu quarto, para que meus bebês possam me visitar. Espero poder manter a tradição!”. Outra mulher também disse: “Não é sobre estar triste, é sobre ser feliz, porque eles virão nos visitar”.
Para Sandra, ver a notícia se espalhar dessa forma e atingir tantas pessoas foi motivo de emoção e conforto. Segundo ela, perder os próprios pets é uma situação extremamente devastadora, já que esses bichinhos também se tornam parte da família.
“É bom ser vista, porque o luto pela perda de um animal pode ser muito isolador. Para muitas pessoas, eles são ‘apenas animais’ ou algo que pode ser substituído, o que é muito difícil de ouvir”, relatou.
O que realmente importa
A tutora ainda acrescentou que o mais importante em toda essa história eram os momentos de tranquilidade que todos puderam vivenciar. Parar e pendurar uma foto no altar, ver que outras pessoas também vivem o luto, compartilhar as próprias histórias com os pets ou até ficar somente em silêncio.

Sandra relembrou que quem passou por ali teve diversas experiências, desde sorrir até chorar. “Tornou-se um espaço onde as pessoas podiam refletir e se sentir conectadas, mesmo sem se conhecerem. Esse senso de comunidade e compreensão mútua foi incrivelmente significativo”, recordou.
De acordo com ela, a construção acabou se tornando muito mais que um altar, virou uma tradição viva que mantém a memória dos pets. “Estamos guardando todas as fotos deste ano em uma pasta para que suas histórias continuem fazendo parte da oferenda por muitos anos”, finaliza.
