Quem tem um pet sabe muito bem que se despedir de um melhor amigo de quatro patas é devastador. Prestes a passar por isso, um casal de tutores decidiu que faria com que seu cachorro aproveitasse o último dia da melhor forma possível.
Leia também
-
Causa da morte do cachorro de Gene Hackman é revelada; descubra
-
Monique Evans lamenta morte de cachorro: “Chorei muito”
-
Ex de Cauã Reymond, Mariana Goldfarb lamenta morte do cachorro do ator
-
Christina Rocha chora ao falar sobre morte repentina de seu cachorro
Coeli Fortun e Sean Peabody levaram Manolo, um shih tzu de 15 anos, para aproveitar seus últimos momentos em um parque. Ao partilhar tantas lembranças e amor durante esse tempo, eles sabiam que precisavam transformar o dia em uma homenagem especial. A situação não foi marcante e motivo de emoção somente para os dois, como também para desconhecidos.
Clique aqui para seguir o canal do Metrópoles Vida&Estilo no WhatsApp
Como tudo começou
O cachorro foi adotado quando Coeli ainda era adolescente. Ela tinha 14 anos e morava em Manila, nas Filipinas. Manolo foi o único entre seus irmãos a nascer cego e, por isso, foi rejeitado pelos criadores, que não queriam vendê-lo devido a sua condição.
Diferentemente dos outros, Coeli o escolheu. Ela se encantou pelo cão desde o primeiro encontro e decidiu que o levaria para casa. Foi assim que começou a história de amor dos dois, repleta de cuidado, carinho e muita conexão.
Quando se mudou para o Canadá, em 2022, ela não deixou Manolo para trás. Sean, o namorado de Coeli, estava indo para Toronto cursar a pós-graduação. O que não faltou foi companhia para o rapaz, que partiu com a jovem, Manolo e um gatinho chamado Snuffles.
Com a mudança de país, os bichinhos de estimação foram o principal conforto da mulher longe de casa. Apesar de questões como essa, tudo funcionava muito bem. No entanto, as coisas mudaram quando, em fevereiro de 2025, Manolo começou a mudar de comportamento.
“Meu parceiro e eu estávamos dormindo quando o Manolo começou a gritar de repente. Ele se acalmou quando o seguramos, e meu parceiro massageou suavemente seu pescoço com movimentos circulares até que ele voltasse a dormir. Mas, pouco depois, ele começou a gemer também durante o dia”, contou Coeli a revista People.
O casal Coeli e Sean se mudou para Toronto na companhia de Manolo e do gato Snuffles
A raça shih tzu costuma sofrer com problemas na coluna, e foi isso que o casal pensou. Preocupados, eles decidiram levar o cachorro em um veterinário para descobrir o que estava acontecendo com ele e poder tratá-lo.
Resultados
Os exames de Manolo não acusaram nenhum problema físico. Devido a isso, o veterinário resolveu investigar mais e suspeitou que o cão estava com demência canina em estágio inicial, condição que causa confusão, desorientação e alterações de comportamento em animais idosos.
Mesmo com o tratamento, infelizmente, o pet não apresentou resultados. Suas patinhas começaram a atrofiar, o que dificultou ainda mais sua vida. Mesmo de coração partido, o casal não desistiu, adaptou a rotina e buscou outras maneiras de cuidado.
Pela idade avançada, Manolo seguiu não apresentando melhora. Ele também desenvolveu mielopatia degenerativa, uma doença que afeta a medula espinhal e compromete a coordenação motora. “Seus choramingos e gritos se tornaram mais frequentes e intensos, e eventualmente se transformaram em gritos longos e dolorosos”, revelou Coeli.
A situação chegou ao ponto de Coeli e o namorado conseguirem sequer dormir, já que as noites eram tomadas pelos tristes gemidos de dor do cachorrinho. Calmantes, analgésicos e suplementos não eram capazes de aliviar nem o mínimo de sofrimento dele.
“Seu espírito permanecia tão forte, mas seu corpo estava falhando. O que começou como episódios noturnos de mal-estar devido à demência e gritos de frustração durante o dia, eventualmente se transformou em gritos constantes de dor e ansiedade ao longo do dia”, explicou.
Amar também é deixar ir
Em um dia que preenchiam uma ficha médica de Manolo, o casal percebeu que precisavam deixar ele descansar. Com muita tristeza, eles decidiram não prolongar mais o seu sofrimento. “Essa foi a pior parte. Ver um cachorro tão feliz e vibrante, que adorava usar as patas, nos ver, nos ouvir chamá-lo e brincar conosco definhar tão rapidamente.”
Para aproveitar a última semana de vida do cachorro, Coeli e Sean prepararam dias repletos de amor, paz e carinho. Em um deles, se juntaram com amigos próximos e pintaram quadros junto com o pet. Também assistiram ao pôr do sol e presentearam Manolo com seus petiscos favoritos.
A despedida do pet foi repleta de emoção, carinho, compaixão e amor
“Todos choraram, mas também perceberam algo especial: Manolo parecia em paz pela primeira vez em muito tempo”, relembrou a jovem tutora.
Para o último dia, a homenagem foi ainda mais especial. Os tutores decidiram ir a um parque da cidade com uma placa escrito: “É o último dia do nosso cachorro. Deem-nos alguns conselhos e um petisco para ele (trouxemos muitos)”.
Coeli contou ainda que algumas pessoas desconhecidas se compadeceram, enquanto outras apenas passaram reto. “Mas aqueles que pararam… Esses foram incríveis”, comentou ao lembrar das palavras gentis e dos gestos de compaixão que transformaram a despedida em um momento inesquecível.
Infelizmente, o casal passou por duas perdas muito próximas, já que o gato Snuffles, que tinha 20 anos, morreu semanas antes de Manolo. Porém, Coeli e Sean não fazem parte apenas de uma história triste. Eles também são grandes exemplos de como cuidar e dar dignidade, até nos momentos finais, para um companheiro de quatro patas.