O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido estuda o nome da deputada federal Rosana Valle (PL) como possível candidata ao Senado por São Paulo.
A legenda busca uma alternativa após ver diminuir as chances de candidatura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e segue nos Estados Unidos.
“Agora, nós estamos pesquisando também o nome da Rosana para ser candidata a senadora em São Paulo”, afirmou Valdemar durante evento na Câmara dos Vereadores de Mogi das Cruzes, reduto do cacique. A cerimônia teve como anfitriã a esposa do dirigente e presidente do PL Mulher local, Dana Costa.
As eleições do próximo ano renovarão dois terços do Senado, ou seja, cada estado da Federação elegerá dois nomes para a Casa, que é um dos focos do bolsonarismo para 2026. Em São Paulo, no campo da direita, a tendência é que o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), seja uma das apostas.
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A outra vaga seria de Eduardo Bolsonaro. O filho 03, no entanto, viu minguar as chances de candidatura após sua atuação nos Estados Unidos em prol de sanções contra autoridades brasileiras virar alvo de críticas até de aliados do pai, além de lhe render um processo no STF por coação.
Sem Eduardo, bolsonaristas afirmam que caberá ao ex-presidente a indicação do nome que “substituirá” o filho na corrida ao Senado. Algumas das opções citadas são o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo; o deputado Marco Feliciano; e o deputado estadual Gil Diniz.
O ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (Novo), também pretende se candidatar ao Senado, mas sem o apoio dos outros partidos da direita, sendo considerada uma candidatura “outsider” pelo grupo. Caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saia para disputar a Presidência da República, Salles tem afirmado que tentará o Palácio dos Bandeirantes.
Enquanto, isso o PL segue estudando outros nomes para apresentar como opção ao Senado. A ideia de lançar uma mulher agrada setores do partido. Deputada federal em segundo mandato e presidente do PL Mulher de São Paulo, Rosana Valle já tinha o nome citado por aliados nos bastidores.
Com reduto na Baixada Santista, Rosana recebeu 216 mil votos em 2022 e foi a sexta candidatura mais bem votada do PL paulista para a Câmara. Em 2024, disputou a prefeitura de Santos e perdeu no segundo turno para o atual prefeito Rogério Santos (Republicanos).
Ausência de puxadores
- Outra dificuldade do PL na montagem da chapa em São Paulo é a escolha das apostas de puxadores de votos para a Câmara dos Deputados.
- Isso porque o partido não deve contar com seus quatro campões de voto em 2022: além de Eduardo, Carla Zambelli está presa na Itália e deve perder o mandato de deputada. Já Ricardo Salles e Guilherme Derrite trocaram de partido.
- Neste cenário, entre as principais esperanças de boa votação em 2026 estão os vereadores paulistanos Lucas Pavanato e Zoe Martinez. Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, também pode concorrer a uma cadeira.