Um dos vice-presidentes do PT, o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, criticou publicamente o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, pela sua briga com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O dirigente da sigla fez uma crítica em um grupo de WhatsApp da legenda e pediu a um interlocutor que a levasse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Um líder do partido do governo que quer brigar com presidente da Câmara, está de fato ou querendo ajudar o governo, ou ganhar os votos do aquário da classe média que elege deputados mas não ajuda a disputar o país? Estou aqui, com a presença do próprio deputado, alertando pra que tenhamos responsabilidade e compromisso com o nosso governo!”, escreveu Quaquá.
Como mostrou o Metrópoles, o governo está dividido sobre a disputa de Lindbergh com Motta. A maior parte da bancada corrobora com o líder do PT na contenda com o presidente da Câmara, e mesmo os que discordam da postura entendem que pior seria não apoiá-lo neste momento. Nos bastidores, alguns deputados afirmaram concordar com Quaquá.
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Motta e Lindbergh romperam relação após a disputa sobre o Projeto Antifacção. O líder do PT orientou voto contra porque o presidente da Câmara deu a relatoria da proposta, gestada pelo governo Lula, a um oposicionista, que mudou o texto e incluiu dispositivos como a retirada de recursos da Polícia Federal (PF), por exemplo.
Lindbergh saiu da votação falando em “quebra de confiança” com Motta, e o presidente da Câmara foi às redes sociais afirmar que o governo Lula errou ao votar contra. Ele esperava que a bancada petista apoiasse o PL Antifacção, e apresentasse um destaque para votar em separado a questão da Polícia Federal.
A situação foi escalando até o ponto que Motta avisou que não quer manter qualquer tipo de relação com Lindbergh. O líder do PT tem dito que não faz questão alguma de ter contato com o presidente da Câmara, mas afirmou que seguirá frequentando a reunião de líderes e os espaços da Casa, mesmo que regidos pelo seu rival.
